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Dividendos da CSN foram destinados a amortizar dívida da holding, diz jornal

21 ago 2018, 13:07 - atualizado em 21 ago 2018, 13:07

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Por Investing.com – Ontem, o mercado foi surpreendido pelo anúncio de que a CSN (CSNA3) iria distribuir dividendos de R$ 890 milhões aos acionistas. As ações dispararam com a notícia, fechando o dia com valorização de 4,77% a R$ 9,44. Apesar disso, a maior parte dos analistas viu o fato com desconfiança. Afinal, como uma empresa com endividamento tão elevado irá pagar proventos gordos e de forma inesperada?

Hoje, dia que as ações são negociadas em ex, a queda é de 2,65% a R$ 9,19.

A edição desta terça-feira do O Estado de S. Paulo traz uma das respostas para a pergunta. De acordo como jornal, o anúncio teve como estratégia prover caixa para uma das holdings da família Steinbruch, que precisa honrar parte de um crédito com o Bradesco (BBDC4).

A publicação explica que banco atrelou o alongamento de uma dívida que a siderúrgica tem, e está em negociação, com a amortização de parcela de outra dívida detida pela holding.

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Então, esses proventos foram uma solução encontrada pela CSN para cumprir essa condição imposta pelo Bradesco.

Ainda de acordo com o Estadão, a dívida em negociação é composta por debêntures, e foram emitidas pela holding e encarteirada totalmente pelo Bradesco, no total de R$ 1,656 bilhão. No entanto, com as atualizações, a dívida passaria a ser de R$ 2 bilhões. Essas debêntures têm como garantia ações da própria CSN, além de fiança prestada por Benjamin Steinbruch, presidente da siderúrgica.

Um dos problemas é que o mercado cobra que a CSN reduza seus níveis de alavancagem. Ao fim de junho último, o endividamento líquido era de R$ 26,7 bilhões.

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investing@moneytimes.com.br