BB vê oportunidade em fundo imobiliário que oferece até 15,8% em dividendos
A equipe do BB Investimentos possui uma perspectiva positiva para o fundo imobiliário Capitânia Securities II (CPTS11), especialmente para investidores com maior apetite a risco.
Em relatório, a instituição destaca que o guidance de dividendos estimado pela gestão se mostra bastante atrativo após as reciclagens da carteira, com retorno anualizado (DY) projetado entre 12,6% e 15,8%.
“Consideramos esse patamar bastante interessante e acreditamos que ele pode colaborar com a recuperação da cota”, aponta a casa.
Desde o início de 2025, o CPTS11 acumula alta de quase 13% na Bolsa, saindo de R$ 6,75 em janeiro para os atuais R$ 7,61. Acompanhe em tempo real.
Desconto, riscos e conflito de interesse
O Capitânia Securities II possui quase R$ 3 bilhões de patrimônio líquido (PL), mais de 350 mil cotistas e representa cerca de 1,7% do IFIX.
Criado em 2014 como um fundo de recebíveis, o CPTS11 é atualmente classificado como multiestratégia, buscando rentabilidade por meio de investimentos em CRIs, cotas de outros FIIs, ações do setor imobiliário ou imóveis diretos.
A maior parte de sua carteira está alocada em 89 FIIs distintos, sendo 84% em tijolo e 16% em papel — composição que, segundo o BB, oferece maior volatilidade e, ao mesmo tempo, maior potencial de retorno.
“Apesar do grande número, cabe destacar que sete das 20 maiores posições são de fundos da própria Capitânia, equivalente a quase 30% do valor alocado em FIIs, o que pode ser encarado como potencial conflito de interesse”, observa o relatório.
Paralelamente, a instituição ressalta que essa dinâmica traz conforto para a gestão, que tem pleno conhecimento das oportunidades e riscos dos ativos investidos.
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O BB também aponta que a carteira de FIIs do CPTS11 negocia com desconto consolidado em torno de 15%, mais acentuado em relação a pares de mercado, possivelmente devido à composição menos óbvia e à menor aderência ao IFIX.
FII high grade
Já o portfólio de CRIs do fundo soma quase R$ 1,2 bilhão, representando 32% do total de ativos. Os certificados estão distribuídos em 16 operações distintas, com exposição máxima de 6,1% por título, o que, na visão do BB, contribui para uma “boa diversificação”.
Ainda de acordo com a casa, a maioria dos créditos conta com garantias robustas e emissores reconhecidos, apresentando indicadores típicos de operações classificadas como high grade (isto é, de baixo risco e boa qualidade).