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Dividendos e valorização das ações: O que a CSN Mineração (CMIN3) pode entregar em 2022?

15 jan 2022, 11:22 - atualizado em 21 jan 2022, 0:42
Baixo endividamento e caixa recheado devem trazer bons dividendos para a empresa em 2022, projetam analistas (Imagem: Youtube/CSN)

Unir dividendos com valorização das ações é o melhor dos dois mundos para investidores. E a CSN Mineração (CMIN3) terá essa capacidade em 2022, afirma a Genial.

A corretora iniciou a cobertura com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 9, potencial de alta de 25% ante o fechamento da última sexta (14).

“Ainda que existam incertezas com relação ao sistema imobiliário chinês e à progressão dos estímulos governamentais sobre o setor, continuamos acreditando que os níveis de demanda do minério de ferro devem continuar satisfatórios”, dizem os analistas Gabriel Tinem, Ygor Araújo e Natan Santos.

A Genial projeta vendas de 33,9 milhões por toneladas (mt) para 2021, alta de 8,9%, e 40,1 metros toneladas para 2022, elevação de 18%.

“Além de tudo, é uma empresa focada no processo de desalavancagem e hoje apresenta uma dívida líquida por Ebitda na faixa dos -0,5x, com uma geração de caixa saudável, vista na remuneração ao investidor”, afirmam.

Eles projetam um dividend yield de 9,6% em 2021 e 6,1% em 2022.

Oportunidades

Os analistas citam entre os pontos positivos o seu ambicioso plano de expansão da capacidade produtiva, almejando alcançar 108 toneladas por ano (Mtpa) em 2033 frente aos 33 Mtpa atuais, além do baixos custos devido ao seu sistema logístico integrado.

“A CSN Mineração possui minérios de alta qualidade nas minas sendo negociados com ágio (prêmio) indo ao encontro das políticas ESG globais por poluir menos, além de futuras plantas de beneficiamento que devem levar a pureza média dos seus minérios em patamares ainda mais elevados”, dizem.

Outro aspecto importante diz respeito às barragens, tanto do ponto de vista social quanto ambiental.

A CSN foi pioneira em iniciativas para redução do risco e uso de barragens de rejeito, alcançando a total independência em 2020, onde 100% dos rejeitos são filtrados e empilhados a seco.

“A empresa obteve o nível 0 (de emergência) para suas barragens, o mais baixo da escala da ANM, destacando suas medidas nos moldes ESG”, completam.

Nem tudo são flores

Entre os riscos, o trio recorda a grande exposição ao mercado chinês, tendo em vista que cerca de 67% da receita líquida de 2020 provém da China e a situação do sistema imobiliário vem causando turbulências no setor de mineração e siderurgia como um todo. A gigante Evergrande enfrenta problemas com dívidas.

Há ainda a dependência com o câmbio, em que a valorização do real tem impactos negativos nos números da empresa cuja receita é 100% dolarizada.

No ano, a ação subiu 1,84%. Desde o seu IPO, em fevereiro do ano passado, o papel acumula queda de 20%.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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