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Dividendos, juros, dólar e IPCA: Confira o mix estratégico para a aposentadoria

22 set 2022, 12:55 - atualizado em 22 set 2022, 12:55
aposentadoria
Por ser um investimento de longo prazo, a aposentadoria pode incluir ativos mais arriscados (Imagem: Towfiqu barbhuiya/Unsplash)

O Brasil é o segundo pior país para se aposentar no mundo, conforme o Índice Anual de Aposentadoria Global da Natixis, consultoria de investimentos.

A pesquisa avaliou 44 países, e o Brasil se encontra em 43° lugar, ganhando apenas da Índia quando o assunto é bem-estar e qualidade de vida para a aposentadoria.

Ter uma aposentadoria digna precisa fazer parte do projeto de vida dos brasileiros, defende Lavínia Martins, analista e fundadora da FLUXO Investimentos.

A especialista ressalta a importância de criar o hábito de poupar e investir para construir patrimônio e ter reserva financeira para conseguir realizar esses projetos.

Começando do começo

A busca por uma aposentadoria confortável, conforme Lavínia, acredita que é importante começar a juntar dinheiro para esse fim por volta dos 30 anos, quando o profissional tem melhores condições financeiras, porque já investiu na sua carreira.

“As pessoas precisam criar o hábito de poupar e investir pelo menos entre 20% e 30% da renda anual a partir dos 30 anos de idade para conseguir construir seus projetos de vida de longo prazo”, defende.

Para Rodrigo Cohen, analista co-fundador da Escola de Investimentos, entender o ritmo da aposentadoria é fundamental para se planejar. Com a fase de acumulação, que vai desde o momento em que se começa a trabalhar, e permite o investimento em ativos mais arriscados.

A fase de conservação começa alguns anos antes do momento em que planeja se aposentar, e o trabalhador faz uma realocação dos investimentos na carteira, para diminuir a exposição ao risco.

“Até o momento em que se entra na aposentadoria, que é a última fase, em que a pessoa passa a viver de renda, então os ativos precisam ter baixo risco”, defende Cohen.

Composição e ativos

A composição da carteira para a aposentadoria tem uma especificidade que é o longo prazo dos investimentos realizados ali.

Assim, Lavínia ressalta o potencial de ativos de renda variável como ações, fundos de ações, fundos multimercados e fundos imobiliários, além da importância deve contar também dos produtos de previdência privada.

A especialista ressalta o valor do pagamento de dividendos (no caso de empresas e fundos de investimentos) e bons juros de retorno (no caso da renda fixa).

“Esses produtos ajudam a acelerar a construção da reserva financeira à medida que colocam mais dinheiro no bolso do investidor, que não depende apenas da valorização do preço do produto no mercado, mas principalmente recebe dinheiro do governo ou das empresas emissoras dos títulos”, explica.

Rodrigo Cohen também reforça a importância da diversificação dos ativos, respeitando as limitações de risco dos investimentos de cada um.

“Os ativos mais estratégicos mudam ao longo do tempo, por isso a diversificação é importante, além de estar sempre atento ao cenário econômico para possíveis realocações”, explica o analista.

Cohen ainda comenta a relevância do dólar nesse cenário, que pode ser um grande bom porto-seguro para momentos de crise.

Além disso, títulos de renda fixa atrelados ao IPCA. “Independente do crescimento desses títulos ser alto ou baixo, eles sempre ganham da inflação, então o investidor nunca perde poder de compra”, explica.

Já o tamanho da aposentadoria na carteira de investimentos é um valor que muda ao longo da vida. “No começo ela será menor, e ao longo da vida produtiva de trabalho e renda ela vai crescendo até se tornar a maior parte da reserva financeira”, defende Lavínia.

Nunca é tarde

Para aqueles que estão mais próximos da idade que pretendem se aposentar, a regra é a mesma: pensar em ações boas pagadoras de dividendos e títulos de renda fixa que pagam juros periódicos, além do recebimento de renda vitalícia do fundo de previdência privada.

A estratégia, nesses casos, é calcular se o valor acumulado durante o tempo de trabalho é capaz de produzir renda passiva para cobrir o custo de vida, explica Lavínia.

Se o valor não for suficiente para gerar renda passiva suficiente para cobrir o custo de vida: “o ideal é reduzir a parcela de investimentos em renda variável e aumentar os investimentos em renda fixa, e continuar trabalhando para produzir renda complementar”, avalia.

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Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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