Boi

Do milho garantido ao boi travado, produtor faz dinheiro com confinamento alugado

06 set 2019, 9:55 - atualizado em 06 set 2019, 10:54
Nelore indo para acabamento em confinamento, engordado com milho próprio e valor travado de venda (JS)

É comum no mundo da pecuária de corte ouvir que confinamento é para “gente grande”. Para aqueles que confinam em currais alugados de terceiros, os boitéis, mais ainda. Mas o sentido da expressão não necessariamente está associada somente aos grandes criadores, ainda que a escala dilua os custos e garanta o travamento vantajoso dos preços na entrega futura dos bois acabados.

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Júnior Sidoni não se considera entre os maiores produtores da região de Coxim, na portas do Pantanal sul-matogrossense. Ele terminou de tirar das terras baixas pantaneiras 1.186 animais, entre 350 e 380 kg, manda para o confinamento em Sonora, e entregará para o JBS em dezembro a R$ 154,00 a @.

No seu planejamento, “tento fazer como empresa”, para compensar a locação do boitel, o produtor pantaneiro comprou muito milho antecipado – base da dieta em cochos -, pagou R$ 22,80/saca, e vai jogar a diária paga mais para baixo, a R$ 7,84 por cabeça.

“Sem garantir parte da comida não compensa e sem casar tudo com o travamento, menos ainda”, afirma Sidoni.

Mas o seu planejamento é anual, portanto tanto a aquisição de alimento, negociação com o boitel e venda antecipada para o JBS tem base na entrega de no mínimo 2 mil bois a cada 12 meses. Ajuda, segundo explica, na relação fidelizada entre as partes e vantagens nas negociações. E assim ele foi crescendo.

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Esta semana o boiadeiro entregou um lote, depois de três meses engordando no curral do Confinamento Milena, com preço travado a R$ 150,00. Sua base de entrega é tudo com até quatro dentes, de 550 a 570 kg e em torno de 56% de rendimento de carcaça.

Para o lote de dezembro, a bonificação vai de R$ 8,00 a R$ 11,00, por precocidade (4 dentes), nelore natural (premiação para boi nascido e criado no Pantanal), Europa e cota Hilton. Numa boiada 70% de cria própria e 30% comprada de outros, sendo 95% nelore e o restante cruzados.

Para completar as operações, Jr. Sidoni agrega a logística no planejamento antecipado em muitas meses. Para subir o rebanho do Pantanal, mesmo que 90 kms possam parecer pouco, são 20 carretas.

 

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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