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Do papel ao código: Como a tokenização está redefinindo o mercado imobiliário

30 out 2025, 16:00 - atualizado em 28 out 2025, 14:47
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Tokenizar é mais que emitir ativos digitais — é reconstruir a espinha dorsal do sistema financeiro com agilidade, confiança e automação. (Imagem: Unsplash/ Tierra Mallorca)

Durante décadas, o mercado imobiliário brasileiro sustentou a base do crédito estruturado, movendo trilhões de reais em ativos e financiamentos. Porém, essa mesma força se manteve presa a um modelo de operação fragmentado, caro e excessivamente dependente de intermediários. Cada etapa, da originação ao registro, da custódia à liquidação, foi moldada sobre estruturas lentas e hierárquicas, nas quais o controle raramente estava nas mãos de quem realmente gerava valor.

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Entre março e setembro de 2025, mais de 19 mil empresas do setor imobiliário buscaram compreender o fenômeno da tokenização de ativos, um movimento que já ultrapassa o estágio conceitual e começa a redefinir o que significa “infraestrutura financeira”.

No entanto, a maioria ainda se prende à superfície da ideia: acreditam que tokenizar é apenas emitir um token. Essa visão simplista ignora o ponto central da revolução em curso, não é o token que muda o sistema, é a infraestrutura que o sustenta.

Tokenizar um ativo não é transformar um contrato em bits. É reconstruir a espinha dorsal da operação, conectando originação, compliance, distribuição, custódia e liquidação em um único fluxo automatizado. É, essencialmente, reescrever o código que sustenta o sistema financeiro.

Durante décadas, a cadeia de valor imobiliária operou como um arquipélago: múltiplas ilhas de informação, cada uma com seus próprios registros, sistemas e intermediários. O resultado foi um ecossistema caro, lento e pouco transparente.

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Quando a tokenização é implementada sobre uma infraestrutura integrada, essa lógica se inverte. Em vez de documentos que precisam ser reconciliados manualmente, o registro e a liquidação passam a ocorrer de forma nativa e sincronizada, reduzindo custos, eliminando redundâncias e devolvendo autonomia ao estruturador e ao investidor.

É nesse ponto que o embedded finance deixa de ser uma tendência e se torna uma função crítica. Ele representa a capacidade de integrar, dentro de um mesmo ambiente tecnológico e regulado, todas as funções financeiras que antes dependiam de instituições distintas: emissão, custódia, distribuição, liquidação e governança.

Essa integração não apenas acelera o ciclo operacional, ela redefine o conceito de eficiência. Quando a infraestrutura financeira é embutida no próprio processo de tokenização, o custo de capital cai, o tempo de captação encurta e o controle retorna para quem de fato cria valor. A tokenização, portanto, não é um novo produto de investimento. É a fundação de um novo sistema econômico, mais transparente, inclusivo e interoperável.

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O mercado imobiliário, acostumado a lidar com contratos complexos, registros cartoriais e processos de compliance demorados, está descobrindo que a infraestrutura é o verdadeiro fator de transformação. Um sistema financeiro baseado em tokens só se sustenta se for construído sobre uma arquitetura capaz de conversar com o ecossistema regulatório existente e, ao mesmo tempo, automatizar o que antes dependia de múltiplas camadas humanas.

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Por isso, a tokenização deixou de ser apenas uma inovação tecnológica. Ela se tornou o alicerce da eficiência, o ponto de equilíbrio entre segurança, velocidade e escala. Cada token representa não apenas um ativo, mas uma operação redesenhada sob um novo paradigma de confiança e automação.

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CEO e fundador da BLOCKBR, fintech especializada em tokenização e investimentos em ativos digitais. Investidor estratégico de criptomoedas, dedica-se em blockchain e tokenização de ativos com 22 startups criadas e investidas em seu portfólio. Foi country manager da Coinpayments. É Formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela FECAP; Publicidade e Propaganda pelo Centro Belas Artes de São Paulo e Finanças e Inovação pela Universidade de Standford
cassio.krupinsk@moneytimes.com.br
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CEO e fundador da BLOCKBR, fintech especializada em tokenização e investimentos em ativos digitais. Investidor estratégico de criptomoedas, dedica-se em blockchain e tokenização de ativos com 22 startups criadas e investidas em seu portfólio. Foi country manager da Coinpayments. É Formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela FECAP; Publicidade e Propaganda pelo Centro Belas Artes de São Paulo e Finanças e Inovação pela Universidade de Standford
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