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Dólar recua mais de 1% e fecha a R$ 5,40 após Fed e Copom

11 dez 2025, 17:06 - atualizado em 11 dez 2025, 17:20
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(Foto: iStock.com/MicroStockHub)

O dólar enfraqueceu ante moedas fortes e emergentes com a expectativa de menor flexibilização dos juros nos Estados Unidos em 2026. 

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Nesta quinta-feira (11), o dólar à vista (USDBRL) encerrou a sessão a R$ 5,4044, com queda de 1,17%. 



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O movimento acompanhou a tendência externa. Por volta das 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, caía 0,42%, aos 98.366 pontos.

O que mexeu com o dólar hoje?

O dólar operou à mercê da leitura do mercado sobre as decisões de política monetária.

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Nos Estados Unidos, o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) cortou os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano, como o esperado, ontem (10). Essa foi a terceira redução consecutiva.

A decisão, mais uma vez, não foi unânime: Stephen Miran votou pelo corte de 0,50 ponto percentual, enquanto Austan Goolsbee e Jeffrey Schmid optaram por manter o Fed Funds na faixa de 3,75% a 4,00% ao ano. Sendo assim, o placar ficou 9 a 3, a maior dissidência desde setembro de 2019.

Além da decisão, o Fed publicou as projeções de indicadores macroeconômicos para os próximos anos – o “famoso” dot plot, ou gráfico de pontos. A mediana das projeções mostra apenas um corte nos juros em 2026, com o Fed Funds encerrando o próximo ano na faixa de 3,25% a 3,50% ao ano, sem novidades em relação ao dot plot anterior, divulgado em setembro.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a Selic em 15% ao ano pela quarta vez consecutiva, em uma decisão unânime.

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O comunicado manteve a postura do Comitê de que a estratégia “em curso” de manutenção do nível da taxa de juros por período bastante prolongado passou a ser adequada – antes vista como  “suficiente” – para assegurar a convergência da inflação à meta. Foi mantida a ênfase de que o Copom seguirá vigilante e, “como usual”, não hesitará em retomar o ciclo de ajustes “caso jugue apropriado”.

“O tom mais duro do Copom reforçou a expectativa da Selic a 15% até março e elevou a atratividade do carry trade com o enfraquecimento da moeda norte-americana após um corte [nos juros] pelo Fed. O real se beneficia da combinação de juros elevados e dólar global mais fraco, sendo o protagonista entre as moedas emergentes nesta quinta-feira”, afirmou Bruno Sahini, especialista em investimentos da Nomad.

O cenário eleitoral continuou no radar. Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que anunciou a pré-candidatura à Presidência na semana passada, reafirmou que seu “preço” para desistir da corrida eleitoral é dar lugar ao seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que compre pena em carceragem da Polícia Federal, em Brasília, por tentativa de golpe ao Estado e está inelegível.

“Ou seja, não há preço”, disse Flávio em enrevista ao podcast Irmãos Dias nesta tarde.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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