Dólar

Dólar tem leve alta a R$ 5,54 com ‘tarifaço’ de Trump no centro das atenções

11 jul 2025, 17:03 - atualizado em 11 jul 2025, 17:08
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O dólar teve uma nova alta com novos anúncios de taxas de Trump sobre produtos canadenses e expectativa de taxa sobre a União Europeia (Imagem: iStock.com/Aslan Alphan)

A segunda rodada do “tarifaço” anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, movimentou o dólar mais uma vez. A divisa norte-americana estendeu os ganhos e encerrou a semana em forte alta.

Nesta sexta-feira (11), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5475, com leve alta de 0,04%. 



O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, subia 0,22%, aos 97.873 pontos.

Na semana, a divisa teve valorização de 2,26% ante o real.

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O que mexeu com o dólar hoje?

As tarifas de importação impostas pelo presidente dos Estados Unidos continuaram a concentrar as atenções dos investidores no Brasil e no exterior.

Ontem (10), Donald Trump anunciou uma nova tarifa de 35% sobre o Canadá. Ele citou o fentanil como justificativa para o aumento das taxas no Canadá, acrescentando que elas seriam ainda maiores se o país retaliasse.

“Se o Canadá trabalhar comigo para interromper o fluxo de fentanil, talvez consideremos um ajuste nesta carta”, disse Trump em uma carta publicada no Truth Social.

Em entrevista à NBC News, Trump também afirmou que está considerando anunciar tarifas gerais entre 15% a 20% para os demais países — acima, portanto, da alíquota anunciada por ele no Liberation Day, em 2 de abril.

Até agora, o chefe da Casa Branca anunciou novas tarifas para 23 países nessa segunda rodada de “tarifaço”, com vigência a partir de 1º de agosto. O Brasil foi o país taxado com a alíquota mais alta, de 50%.

Segundo uma autoridade da Casa Branca à Reuters, as novas tarifas, incluindo a do Brasil, são uma extensão das taxas anunciadas em abril, produtos energéticos como petróleo e minerais essenciais continuariam isentos.

No final da tarde, o Tesouro dos Estados Unidos divulgou que a receita bruta com taxas alfandegárias do país atingiu um recorde de US$ 27,2 bilhões em junho. As taxas combinadas com mudanças no calendário de receitas e despesas, produziu um superávit orçamentário federal de US$ 27 bilhões em junho, ainda de acordo com o órgão.

Trump e tarifas sobre Brasil

Nesta sexta-feira (11), Trump afirmou que pode negociar com o Brasil e conversar com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva  sobre as tarifas, mas que esse não é o momento. “Talvez em algum momento eu fale com ele. Agora não”, disse Trump ao deixar a Casa Branca para visitar o Texas, devastado pelas enchentes, criticando novamente os processos judiciais do Brasil contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Já Lula disse que “vai brigar” em todas as esferas para suspender a taxação dos EUA e que a Lei de Reciprocidade Econômica é uma alternativa à medida de Trump, em evento do governo no Espírito Santo.

“Vou brigar na OMC (Organização Mundial do Comércio), vou conversar com meus companheiros do Brics”, disse. “Agora, se não tiver jeito, no papo, no tête-à-tête, nós vamos estabelecer a reciprocidade. Taxou aqui, a gente taxa lá”, afirmou.

Além disso, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que se reuniu com o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos, Gabriel Escobar, em Brasília. A declaração foi feita em uma publicação na rede social X hoje (11).

“Conversamos sobre as consequências da tarifa para a indústria e agro brasileiro e também o reflexo disso para as empresas americanas”, disse Tarcísio.

“Vamos abrir diálogo com as empresas paulistas, lastreado em dados e argumentos consolidados, para buscar soluções efetivas. É preciso negociar. Narrativas não resolverão o problema. A responsabilidade é de quem governa”, acrescentou.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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