Dólar

Dólar sobe a R$ 5,44 com impasse nas negociações tarifárias entre Brasil e EUA

11 ago 2025, 17:03 - atualizado em 11 ago 2025, 17:04
dólar câmbio
O dólar à vista estendeu os ganhos pela 2ª sessão consecutiva com impasse nas negociações tarifárias entre Brasil e Estados Unidos (Imagem: Pexels)

O dólar ganhou força ante moedas globais e emergentes com a prorrogação da trégua tarifária entre Estados Unidos e China, expectativa de encontro de Trump e Putin e impasse nas negociações comerciais entre a Casa Branca e o Palácio do Planalto. 

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Nesta segunda-feira (11), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,4420, com alta de 0,11%. 



O movimento destoou da tendência vista no exterior. Ante moedas fortes, o dólar seguiu em desvalorização. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, subia 0,40%, aos 98,580 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

Sem a agenda de indicadores econômicos relevantes, o mercado de câmbio acompanhou os desdobramentos da política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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Hoje (11), Trump assinou um decreto que prorroga as taxas sobre impostas pelos EUA às importações chinesas por mais 90 dias. A trégua entre Pequim e Washington estava programada para expirar amanhã (12).

O presidente norte-americano também afirmou que o ouro não estará sujeito a tarifas, mas deu mais detalhes. Na última sexta-feira (8), os investidores “receberam mal” a possível tarifa sobre as barras de ouro de um quilo.

Há também a expectativa de um encontro entre Trump e o presidente da Rússa, Vladimir Putin, na próxima sexta-feira (15) para a negociação de um cessar-fogo da guerra da Ucrânia.

Na questão monetária, os dois vice-presidentes do Federal Reserve (Fed), Michelle Bowman e Philip Jefferson, e a presidente da unidade do Fed de Dallas, Lorie Logan, estão sendo cotados para ocupar a presidência do Banco Central, segundo informações da Bloomberg. O mandato de Jerome Powell na chefia do BC vai até maio de 2026.

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Amanhã (12), o mercado deve repercutir o  índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês). Embora o dado não seja referência para o Fed, o índice é usado para calibrar as apostas sobre a trajetória dos juros da maior economia do mundo.

Dólar também sobe ante real

Por aqui, o real perdeu força com a expectativa de uma negociação tarifária com os Estados Unidos frustrada. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que a reunião com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, previsto para a próxima quarta-feira (13), foi cancelado. 

“(A reunião com Bessent) seria na quarta-feira desta semana. Seria porque, de novo, a militância antidiplomática dessas forças de extrema direita que atuam junto à Casa Branca tomaram conhecimento da minha fala e agiram junto a alguns assessores ali do presidente Trump. E a reunião com ele (Bessent), que seria virtual na quarta-feira, foi desmarcada”, disse Haddad em entrevista à GloboNews.

O ministro afirmou que o cancelamento da reunião foi informado por e-mail, sob o argumento de “falta de agenda”, e que não há nova data para que ela aconteça.

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Os investidores também acompanharam as declarações do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo. Para ele, a baixa dependência comercial do Brasil em relação aos Estados Unidos é vista pelo mercado como uma proteção após a imposição, de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros por Donald Trump.

“Como o Brasil depende menos dos Estados Unidos, vai se machucar menos do ponto de vista comercial no processo do tarifaço”, afirmou Galípolo, durante evento na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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