Dolar fecha em queda de 0,3%, a R$ 5,39, após dados de inflação nos EUA

O dólar recuou nesta quinta-feira (11), acompanhando o movimento internacional, com o mercado de olho nos dados de inflação dos Estados Unidos e com expectativa pelo início do ciclo do corte de juros pelo Federal Reserve (Fed).
A moeda norte-americana contra o real fechou em queda de 0,27%, a R$ 5,3922, enquanto DXY recuava 0,34% por volta das 17h.
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Nos EUA, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,4% em agosto, após aumento de 0,2% em julho. Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,3%. Em 12 meses, a taxa ficou em 2,9%, dentro das expectativas.
“Apesar do número ter vindo mais pressionado, seguimos encontrando pouco impacto das tarifas na inflação”, afirmaram analistas do Bradesco em relatório a clientes.
A partir dos dados do CPI e de preços ao produtor divulgados na véspera, eles estimaram uma inflação do núcleo do PCE – medida favorita de inflação do banco central dos EUA – em 0,22% em agosto, que deve “ser bem-vinda para o Fed”.
Em paralelo, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram 27.000, para 263.000, em base ajustada sazonalmente, na semana encerrada em 6 de setembro, enquanto economistas previam 235.000 requisições para o período.
A próxima semana reserva mais uma Super Quarta, quando os bancos centrais dos EUA e Brasil divulgam a decisão sobre o futuro dos juros nos respectivos países.
Julgamento de Bolsonaro
Durante a tarde a moeda dos EUA recuperou parte do fôlego tanto no Brasil quanto no exterior, mas ainda assim se manteve no território negativo, com investidores atentos à continuação do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal.
Com o voto da ministra Cármen Lúcia, a Primeira Turma do STF formou maioria para condenar Bolsonaro por cinco crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado. O ministro Cristiano Zanin, que apresentava suas considerações neste fim de tarde, também votou pela condenação de Bolsonaro, levando o placar para 4 a 1 contra o ex-presidente.
A condenação de Bolsonaro era largamente esperada no mercado, que agora segue monitorando eventual nova medida de retaliação do presidente dos EUA, Donald Trump, ao Brasil — este sim um fator com potencial para mexer nos ativos.
Em julho, ao definir tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, Trump citou como um dos motivos o julgamento de Bolsonaro, seu aliado.
*Com informações da Reuters