Dólar

Dólar acompanha exterior e sobe a R$ 5,41 com dados nos EUA

14 ago 2025, 17:03 - atualizado em 14 ago 2025, 17:10
dólar câmbio
(Imagem: Pexels)

O dólar estendeu os ganhos da véspera em meio ao desempenho misto das commodities, novos dados econômicos no Brasil e nos Estados Unidos e a expectativa de um acordo entre Moscou e Washington sobre a guerra na Ucrânia. 

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Nesta quinta-feira (14), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,4171, com alta de 0,28%. 



O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, subia 0,35%, aos 98.194 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

Os dados econômicos dos Estados Unidos movimentaram o câmbio nesta quinta-feira (14).

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Entre eles, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) subiu 0,9% no mês passado, depois de ficar inalterado em junho. Os economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,2%.

Já os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 3.000, para 224.000 em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 9 de agosto. O consenso era de 228.000 pedidos para a última semana.

Após os dados, o mercado reduziu as apostas de corte nos juros norte-americanos pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) na próxima reunião, em setembro.

Perto do fechamento, os operadores precificavam 92,8% de chance de o Fed cortar os juros em 25 pontos-base em setembro, de acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, o que levaria a taxa para a faixa de 4,00% a 4,25% ao ano. Ontem (13), a probabilidade beirou os 100%.

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A aposta de manutenção dos juros no atual patamar, de 4,25% a 4,50%, passou de zero ontem para 7,2% hoje.

Os investidores também operaram na expectativa da reunião entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, prevista para amanhã (15) no Alasca.

Mais cedo, Trump afirmou que acredita em um acordo e acrescentou que a ameaça de sanções contra a Rússia provavelmente desempenhou um papel na busca de Moscou por uma reunião.

“Ele, ele realmente, eu acredito agora, está convencido de que vai fazer um acordo, ele vai fazer um acordo. Acho que ele vai fazer, e nós vamos descobrir”, disse Trump em uma entrevista ao programa “The Brian Kilmeade Show”, da Fox News Radio.

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Já Putin disse que o governo dos EUA está fazendo “esforços sinceros” para resolver o conflito na Ucrânia e também disse que pode chegar a um acordo sobre o controle de armas nucleares.

O dólar ante o real acompanhou o movimento do exterior. Por aqui, os investidores seguiram repercutindo o pacote de contingência para setores e empresas afetados pela tarifa de 50% sobre a importação dos produtos brasileiros nos EUA e que entrou em vigor há uma semana.

Ontem (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória que estabelece um conjunto de medidas para mitigar os impactos econômicos do tarifaço. O pacote  inclui R$ 30 bilhões em linha de crédito, aportes de R$ 4,5 bilhões em diferentes fundos garantidores e até R$ 5 bilhões em créditos tributários a exportadores.

Também haverá uma prorrogação de um ano no prazo do mecanismo de “drawback” — regime aduaneiro que permite a suspensão ou isenção de tributos incidentes na aquisição de insumos usados na fabricação de produtos exportados.

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O governo ainda anunciou uma ampliação do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), com concessões de créditos tributários de até R$ 5 bilhões até dezembro de 2026.

Os dados ficaram em segundo plano. O volume de serviços cresceu 0,3% em junho no país na comparação com o mês anterior. O dado é o maior da série histórica e contrariou a expectativa dos economistas consultados pela Reuters, que previam recuo de 0,1% no período.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.