Dólar tem leve alta e fecha a R$ 5,42 com commodities; IBC-Br limita ganhos
O dólar iniciou a semana com ganhos ante o real em meio a remessas ao exterior e enfraquecimento das commodities.
Nesta segunda-feira (15), o dólar à vista (USDBRL) encerrou a sessão a R$ 5,4219, com alta de 0,21%.
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O movimento destoou da tendência externa. Por volta das 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, caía 0,08%, aos 93.321 pontos.
O que mexeu com o dólar hoje?
O dólar ganhou força nas últimas horas da sessão com fluxo típico de fim de ano, com a saída de moeda estrangeira em remessas ao exterior, além da fraqueza das commodities.
Pela manhã, o Banco Central reportou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) registrou queda de 0,20% em outubro ante a projeção do mercado de alta de 0,10%. No mês anterior, a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) havia registrado queda de 0,20% ante agosto.
No ano, o IBC-Br acumula avanço de 2,40% e um ganho de 2,50% no acumulado de 12 meses.
Para Sara Paixão, analista de macroeconomia da InvestSmart XP, o índice surpreendeu negativamente o mercado. “O resultado de hoje corrobora para o cenário de desaceleração da economia brasileira nesse último trimestre do ano e traz maior segurança para o início do ciclo de corte de juros do Copom, a partir de 2026.”
No exterior, o dólar perdeu força ante as moedas fortes, na expectativa por uma bateria de dados nos Estados Unidos. Em destaque, o relatório oficial de empregos (payroll) deve ser divulgado amanhã (16) e o índice de preços ao consumidor (PCE, na sigla em inglês) – referência inflacionária para o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) – na próxima sexta-feira (19).
Perto do fechamento, o mercado precificava 77,9% de chance de o Fed manter os juros inalterados na faixa de 3,50% a 3,75% ao ano. Já a probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual era de 22,1%.