Dólar

Dólar sobe mais de 1% e fecha a R$ 5,50 com tensão entre Brasil e EUA

19 ago 2025, 17:04 - atualizado em 19 ago 2025, 17:08
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O dólar à vista ganhou força ante o real com a aversão ao risco no cenário doméstico após decisão do ministro do STF (Imagem: iStock.com/Aslan Alphan)

O dólar operou em forte alta em meio a crescente aversão a risco no cenário local e retornou ao nível do início de agosto.

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Nesta terça-feira (19), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5009, com alta de 1,22%. 



O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, subia 0,12%, aos 98.282 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

O temor de escalada da tensão entre o Brasil e os Estados Unidos pressionaram o real nesta terça-feira (19), combinada com a percepção de insegurança jurídica.

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Ontem (18), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou que leis e decisões estrangeiras não podem afetar cidadãos, empresas ou bens no Brasil em relação a atos realizados no país.

A medida atendeu o pedido do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) para impedir que municípios brasileiros acionem a Justiça de outros países por desastres de mineração, como Mariana e Brumadinho.

Embora não cite diretamente, a decisão também impede que sanções estrangeiras, como as aplicadas pelos EUA ao ministro Alexandre de Moraes, também do STF, tenham efeitos no Brasil.

“A decisão do STF envolvendo a Lei Magnitsky reacendeu dúvidas sobre a aplicação de normas estrangeiras no Brasil, levantando questionamentos sobre segurança jurídica e autonomia das instituições financeiras. Esse ruído aumentou a percepção de risco local, estimulando um movimento de maior aversão ao risco e a busca por proteção no câmbio”, avaliou Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.

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No exterior, os investidores seguiram acompanhando as negociações para um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia, mediadas pelos Estados Unidos.

A Casa Branca avalia Budapeste, capital da Hungria, como um possível local para a reunião trilateral entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o russo Vladimir Putin e o ucraniano Volodymyr Zelenskiy, informou o Politico citando uma autoridade do governo Trump.

Os operadores também ficaram à espera do Simpósio de Jackson Hole. O presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell, vai discursar na próxima sexta-feira (22) e o mercado deve ficar atento a pistas sobre a trajetória futura dos juros.

*Com informações de Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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