Dólar

Dólar ganha força com cautela fiscal e ‘shutdown’ dos EUA e sobe a R$ 5,33

02 out 2025, 17:04 - atualizado em 02 out 2025, 17:21
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O dólar à vista engatou a terceira alta consecutiva com cautela fiscal em meio a rumores de novo programa social e shutdown nos EUA (Imagem: Nelson_A_Ishikawa/Getty Images)

O dólar engatou a terceira alta consecutiva em meio à paralisação da máquina pública dos Estados Unidos e à retomada da cautela com o cenário fiscal doméstico.

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Nesta quinta-feira (2), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,3395, com alta de 0,20%. Durante a sessão, a divisa chegou a ser cotada a R$ 5,3726 (+0,83%).



O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, subia 0,16%, aos 97,868 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

O cenário fiscal voltou a pressionar o real ante o dólar. Investidores precificaram rumores de que o governo federal pode avançar na proposta de zerar as tarifas de ônibus em todo o país após uma reportagem do jornal Diário do Grande ABC, segundo Marcos Praça, diretor de análise na Zero Markets Brasil.

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De acordo com a notícia, o deputado Jilmar Tatto (PT-SP) afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou o “preparo de estudos para implementar e lançar [o programa] ainda este ano” ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Além disso, o mercado reagiu à aprovação da proposta que prevê a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil, um “desconto” para os contribuintes com salários de até R$ 7,3 mil e uma alíquota de 10% sobre os ‘super-ricos’. Em parte, os agentes financeiros temem o efeito fiscal da medida e a influência da matéria nas eleições de 2026.

A paralisação (shutdown) do governo dos Estados Unidos, que começou nesta quarta-feira (1º), também continuou a movimentar o câmbio.

Embora a expectativa seja de que o shutdown não se estenda por muitas semanas, a paralisação deve adiar uma série de dados econômicos, como o payroll — que estava previsto para amanhã (3).

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Em entrevista à CNBC pela manhã, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que o crescimento econômico do país pode “ser afetado”. “Esta não é a maneira de discutir: paralisar o governo e reduzir o PIB”, disse ele.

A perspectiva de cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) manteve-se próximo aos 100% nesta quinta-feira (2).

Perto do fechamento, os agentes financeiros tinham um aposta de 97,8% de chance de o BC dos EUA reduzir os juros em 0,25 ponto percentual na próxima decisão do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), em 29 de outubro. Ontem (1º), a probabilidade era de 99,4%. Hoje, a taxa está na faixa de 4,00% a 4,25% ao ano.

Em destaque, a presidente da unidade do Fed de Dallas, Lorie Logan, disse o BC fez um seguro adequado contra qualquer deterioração acentuada no mercado de trabalho com seu corte na taxa de juros no mês passado, mas precisa ser “cauteloso” com quaisquer outros cortes, porque a inflação está acima da meta e está subindo.

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“Precisamos ser muito cautelosos em relação aos cortes nas taxas daqui para frente e nos certificarmos de que calibramos adequadamente a política de modo a não flexibilizar demais as condições e ter de reverter o curso, o que seria muito doloroso em termos de restauração da estabilidade dos preços”, disse Logan a estudantes de Economia na escola de pós-graduação em administração da Universidade do Texas, em Austin.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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