Dólar cai a R$ 5,65 e fecha a semana em baixa com alívio da tensão entre China e EUA

O dólar encerrou a semana mais curta duplamente negativo: com forte recuo diário e no acumulado da semana, com a liquidez limitada por feriado do Dia do Trabalhador.
Nesta sexta-feira (2), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,6549, com queda de 0,38% ante o real.
O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais como euro e libra, caía 0,25%, aos 99,997 pontos.
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Na semana, o dólar recuou é de 0,58% ante o real.
O que mexeu com o dólar hoje?
O dólar enfraqueceu nesta sexta-feira (2) em meio a novos dados econômicos nos Estados Unidos e o possível alívio nas tensões entre as duas maiores economias do mundo.
O relatório oficial de empregos não-agrícolas, o payroll, apontou a criação de 177 mil vagas de emprego em abril ante a expectativa do mercado de abertura de 138 mil vagas. Na comparação com março, a abertura de postos de trabalho mostrou uma desaceleração.
A taxa de desemprego, porém, manteve-se em 4,2%, como o esperado, o que indica que relativa estabilidade no mercado de trabalho norte-americano. Os dados afastaram o risco de recessão dos Estados Unidos.
“Do ponto de vista dos juros, o dado reforça a postura de cautela e parcimônia do Federal Reserve (Fed) na condução de política monetária, e parece reduzir a necessidade de cortes de juros no curto prazo”, afirmou o estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves.
Também nesta sexta-feira (2), a China disse que está “avaliando” uma oferta dos EUA para manter conversações sobre as tarifas de 145% do presidente norte-americano, Donald Trump.
O Ministério do Comércio chinês disse que os EUA entraram em contato com a China para buscar conversações sobre as tarifas de Trump e que Pequim está de portas abertas para discussões, sinalizando um possível alívio na guerra comercial.