Dólar tem leve alta e fecha a R$ 5,56 com cenário fiscal e tarifas e novos acordos de Trump

O dólar teve um dia instável com cenário fiscal brasileiro e anúncios de novos acordos entre Estados Unidos e países asiáticos.
Nesta terça-feira (22), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5670, com alta de 0,04%.
O movimento destoou da tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, caía 0,48%, aos 97.369 pontos.
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O que mexeu com o dólar hoje?
As incertezas tarifárias seguiram movimentando o mercado de câmbio nesta terça-feira (22).
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que discutirá uma prorrogação das tarifas com a China na próxima semana. O atual prazo para a vigência de tarifas mais altas está prevista para 12 de agosto.
Em entrevista à Fox Business hoje (22), Bessent ainda afirmou que o comércio com a China está em “uma situação muito boa” e que reuniões em Estocolmo acontecerão nas próximas segunda (28) e terça-feira (29).
“Acho que, na verdade, passamos para um novo patamar com a China, em que o diálogo é muito construtivo e podemos – e vamos poder – fazer muitas coisas, agora que o comércio se estabeleceu em um bom nível”, disse o secretário.
Já durante a tarde, o presidente norte-americano, Donald Trump anunciou novos acordos com a Filipinas e a Indonésia. Segundo ele, os produtos filipinos e indonésios serão taxados em 19% para importação no território norte-americano.
O chefe da Casa também voltou a criticar o presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell. Ele disse que o chefe do BC sairá em oito meses. O mandato de Powell vai até maio de 2026.
Powell participou de evento, mas não comentou sobre política monetária devido ao período de silêncio. Uma nova decisão sobre os juros norte-americanos será divulgada na próxima quarta-feira (30). Atualmente, os juros estão na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.
No cenário doméstico, os investidores reagiram ao Relatório de Receitas e Despesas Primárias do terceiro trimestre, divulgado no próximo ao término do pregão. O Ministério do Planejamento e Orçamento reduziu a projeção de contenção de R$ 31,3 bilhões para R$ 10,7 bilhões: o contigenciamento caiu de R$ 20,7 bilhões para zero e o bloqueio teve uma leve alta de R$ 10,6 bilhões para R$ 10,7 bilhões.
*Com informações de Reuters