Dólar

Dólar cai a R$ 5,42 após Powell ‘abrir porta’ para corte nos juros dos EUA em setembro

22 ago 2025, 17:07 - atualizado em 22 ago 2025, 17:14
dólar câmbio
(Imagem: Pexels)

O esperado discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole elevou as expectativas de uma flexibilização da política monetária na maior economia do mundo e o dólar se enfraqueceu antes as moedas globais e emergentes. 

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Nesta sexta-feira (22), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,4258, com queda de 0,97%. 



O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, caía 0,89%, aos 97.729 pontos.

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Na semana, o dólar acumulou alta de 0,52% ante o real no mercado à vista.

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O que mexeu com o dólar hoje?

Como o esperado, o último discurso de Jerome Powell como presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) no evento anual de Jackson Hole concentrou as atenções dos investidores — e as movimentações do câmbio — nesta sexta-feira (22).

Durante o Simpósio, Powell disse que “a política em território restritivo, a perspectiva básica e a mudança no equilíbrio de riscos podem justificar ajustes” na postura da autoridade monetária — o que foi lido pelo mercado como uma sinalização de corte nos juros.

“Continuamos a acreditar que a política monetária deve ser voltada para o futuro e considerar as defasagens em seus efeitos sobre a economia”, acrescentou Powell, que também afirmou que o Fed deve equilibrar os riscos para seus mandatos de emprego e inflação.

“A fala de Powell sugere que o Fed vê a inflação como potencialmente temporária e que os riscos para desaceleração do mercado de trabalho aumentaram e, com isso, pode ser apropriado um ajuste na política monetária”, disse o estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves.

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Já a equipe de economistas do Bank of America (BofA) afirmou que Powell foi mais ‘dovish’ do que o banco e o mercado esperavam. “Embora com uma postura mais moderada, Powell se mostrou mais cauteloso do que no ano passado”, escreveram Aditya Bhave, Meghan Swiber, Shruti Mishra e Howard Du em relatório.

Após as declarações do chair do Fed, o mercado elevou a probabilidade de uma redução de um 0,25 ponto percentual na taxa de juros norte-americana na próxima decisão, em setembro, de acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group. Minutos após a sinalização, os operados chegaram a precificar mais de 90% de chance de um corte nos juros. 

Já perto do fechamento, os operadores precificavam 85,2% de chance de o Fed cortar os juros, ante 75% de ontem (21). Hoje, os juros estão entre 4,25% a 4,50% ao ano. 

No Brasil, a expectativa de corte nos Estados Unidos também teve reflexo na curva de juros futuros, com as algumas casas de análises antecipando a projeção de flexibilização da Selic pelo Banco Central.

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A Warren Investimentos, por exemplo, antecipou a estimativa de início do ciclo de afrouxamento monetário para janeiro de 2026, com a expectativa de uma redução de 0,25 ponto percentual. Anteriormente, a projeção anterior era de primeiro corte na Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) só em abril do próximo ano.

A casa ainda prevê uma sequência gradual de cortes, com a Selic encerrando 2026 a 11,25% ao ano.

“Para o Brasil, esse ambiente é positivo. Com a taxa de juros doméstica ainda em patamar elevado, a atratividade do diferencial para o investidor internacional aumenta. É claro que, no curto prazo, seguimos acompanhando o cenário político local, mas é inegável que a política monetária norte-americana continua sendo um dos principais vetores para o fluxo de capital estrangeiro”, avaliou o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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