Mercados

Dólar sobe a R$ 5,33 na contramão do exterior, com novas sanções e à espera de indicadores

22 set 2025, 17:11 - atualizado em 22 set 2025, 17:11
dólar câmbio
A alta dos títulos do tesouro americano podem destravar alta do dólar – por isso, essa pode ser a melhor hora de investir em ativos que pagam até dólar +10% ao ano (Imagem: Pexels)

O dólar subiu ante o real nesta segunda-feira (22), na contramão do recuo da moeda norte-americana no exterior, com o mercado monitorando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participou de evento em São Paulo, e novas sanções dos Estados Unidos.

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A moeda norte-americana subiu 0,32%, a R$ 5,3381, enquanto o DXY recuava 0,31% por volta das 17h.

Haddad, em evento promovido pelo BTG Pactual, defendeu que, para o arcabouço fiscal ser fortalecido, é necessário criar condições políticas para tratar sobre ajuste de regras com os parlamentares.

O ministro disse ainda que não vê uma norma fiscal melhor que a do arcabouço e defendeu o combate de “desperdícios” com o avanço de propostas que já estão tramitando no Congresso Nacional, após citar temas como supersalários no serviço público e Previdência de militares.

O dólar se manteve no território positivo durante os comentários de Haddad, dando continuidade ao movimento mais recente de ajustes de alta nas cotações após as decisões sobre juros no Brasil e nos EUA na quarta-feira passada.

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No radar do mercado também esteve a notícia de que os EUA decidiram sancionar sob a Lei Magnitsky Viviane Barci de Moraes, esposa de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram impostas sanções ao Lex Instituto de Estudos Jurídicos, uma entidade controlada por Viviane Barci de Moraes e outros integrantes da família.

Moraes foi o relator do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no STF por tentativa de golpe de Estado, no qual foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão.

De olho na agenda

Ao longo desta semana, investidores estarão atentos à divulgação da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na terça-feira, ao IPCA-15 de setembro e ao Relatório de Política Monetária do BC, ambos na quinta-feira.

Nos EUA, destaque para dados do Produto Interno Bruto (PIB), na quinta-feira, e para o índice PCE, na sexta-feira.

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“Não há como afirmar se o dólar/real fará uma longa pausa, como ocorreu quando atingiu os suportes anteriores de R$5,60 e R$5,40. Por ora, o nível atual não surpreende e pode ser boa oportunidade para comprar”, pontuou nesta manhã o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, em relatório a clientes.

“Entendemos que a região de R$5,40 virou resistência forte, já que foi nível que impediu a queda do dólar por mais de dois meses”, acrescentou.

*Com informações da Reuters

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.