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Dólar sobe a R$ 5,67 com expectativa pelo IPCA-15 e recuo nas tarifas de Trump

26 maio 2025, 17:07 - atualizado em 26 maio 2025, 17:11
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O dólar encerrou a sessão em alta ante o real, sem a referência dos mercados norte-americanos e recuo de Trump sobre tarifas contra União Europeia (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O dólar iniciou a semana com ganhos ante a moeda brasileira, em dia de liquidez limitada e fraqueza das commodities.

Nesta segunda-feira (26), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,6757, com alta de 0,51% ante o real.

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O que mexeu com o dólar hoje?

O mercado de câmbio operou em alta nesta segunda-feira (26), sem a referência dos Estados Unidos devido ao feriado “Memorian Day” e, portanto, com a liquidez reduzida.

No cenário doméstico, os investidores reagiram ao Relatório Focus, à espera pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15).  Os economistas consultados pelo Banco Central mantiveram a projeção para a inflação a 5,50% e reduziram as estimativas para o câmbio, de R$ 5,82 para R$ 5,80 no final deste ano. A previsão para a Selic foi mantida pela terceira semana consecutiva, a 14,75% ao ano.

Para amanhã (27), a expectativa é de que o IPCA-15, considerado a prévia da inflação, suba 0,44% neste mês e se mantenha em 5,49% no acumulado de 12 meses, segundo a mediana das estimativas coletadas pelo Money Times.

As mudanças do Imposto sobre as Operações Financeiras (IOF) continuaram a movimentar o mercado de câmbio brasileiro. Nesta segunda-feira (26), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo tem até o fim desta semana para decidir como compensará a arrecadação que o Executivo deixará de levantar com o recuo em parte dos aumentos das alíquotas do IOF.

Em fala a jornalistas após o evento Nova Indústria Brasil, no Rio de Janeiro, Haddad disse que o governo definirá se a compensação ocorrerá com mais contingenciamento ou com substituições, sem fornecer mais informações sobre as duas alternativas.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que vai discutir o projeto de lei que pede a suspensão das mudanças sobre o IOF com líderes da Casa na reunião semana, que acontece na próxima quinta-feira (29).

Além disso, a moeda brasileira foi pressionada pela fraqueza das commodities. As negociações do contrato mais líquido do minério de ferro, com vencimento em setembro, encerraram com baixa de 2,21%, a 706,5 yuans (US$ 98,38) a tonelada na Bolsa de Dalian, na China. Países emergentes e exportadores de commodities, como o Brasil, são impactados pela volatilidade dos preços das commodities, como o minério de ferro e petróleo. 

Já nos Estados Unidos, ainda que os mercados tenham permanecido fechados, os investidores reagiram ao recuo do presidente Donald Trump sobre a imposição de uma tarifa de 50% sobre a importações dos produtos da União Europeia no país. Inicialmente, as taxas entrariam em vigor em vigor em 1º de junho. 

Mas, após uma conversa com a a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no final de semana, Trump decidiu adiar as tarifas para 9 de julho.  Em publicação no X, Leyen disse que a UE estava “pronta para avançar nas negociações de forma rápida e decisiva”.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.