Dólar

Dólar cai a R$ 5,41 com exterior, Caged e falas de Galípolo

27 ago 2025, 17:06 - atualizado em 27 ago 2025, 17:14
Dólar, Banco Central, Leilão, Mercados câmbio
(Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O dólar teve um dia de perdas ante o real com dados de emprego e política monetária em foco.

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Nesta quarta-feira (27), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,4170, com queda de 0,32%. 



O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, caía 0,02%, aos 98.209 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

Declarações de autoridades do governo e do Banco Central (BC) e dados econômicos dividiram as atenções dos investidores locais e deram fôlego ao real nesta quarta-feira (27).

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Em destaque, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou a criação de 129.775 vagas formais de trabalho em julho, uma desaceleração frente aos 166.621 postos de trabalho reportados em junho.

O resultado, porém, ficou abaixo da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters de criação líquida de 135.577 vagas.

O saldo de julho também foi o mais baixo desde março, que teve abertura de 79.521 vagas, e o resultado mais fraco para o mês desde 2020, início da pandemia de Covid-19, com saldo positivo de 108.476 postos.

“Apesar de uma incipiente desaceleração na criação de vagas formais, o mercado de trabalho permanece sólido, com uma taxa de desemprego no nível mais baixo da série histórica (5,8% no segundo trimestre do ano), o que é um ponto de atenção para o Banco Central”, afirmou Sara Paixão, analistas de macroeconomia da InvestSmart XP.

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O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípoloafirmou que o real vem se apreciando a um ritmo mais forte do que seus pares ao longo deste ano e o mercado de câmbio tem se comportado “muito bem” do ponto de vista de liquidez e funcionalidade.

Galípolo também disse que a convergência da inflação à meta de 3% está ocorrendo de maneira lenta, em evento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em São Paulo.

“A gente está num cenário de ter descumprido a meta e com expectativas e projeções do Banco Central e do mercado que ainda (mostram que) essa convergência está se dando de uma maneira lenta para a meta de inflação”, disse o presidente do BC.

Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 será enviado ao Congresso até sexta-feira (29), limite do prazo legal. Segundo ele, não há previsão de o texto trazer medidas adicionais de receita.

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EUA

No exterior, a pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) continuou no centro das atenções.

O mercado operou na expectativa de apresentação da ação judicial da diretora Lisa Cook contra a tentativa de Trump de demiti-la. Na última segunda-feira (25), o chefe da Casa Branca afirmou que tinha “razão suficiente” para demitir Cook por alegações de impropriedade em empréstimos hipotecários.

Desde então, a diretora do Fed afirmou que continuará no cargo e, por isso, deve mover uma ação judicial.

O Federal Reserve também se manifestou sobre o embate. A autoridade monetária afirmou que obedecerá qualquer decisão judicial. “Vamos continuar a exercer as atribuições previstas em lei”, disse o BC norte-americano.

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“Longos mandatos e proteções contra destituição de governadores servem como uma salvaguarda vital, garantindo que as decisões de política monetária sejam baseadas em dados, análises econômicas e nos interesses de longo prazo do povo americano”, afirmou um porta-voz do Fed na última terça-feira (26).

A demissão de Cook marca uma escalada na tentativa de Trump de remodelar a composição da liderança do Fed. Ele vem pressionando o Banco Central, em ataques diretos ao presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, para que faça cortes agressivos nas taxas de juros.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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