Dólar

Dólar fica estável a R$ 5,35 após Powell sinalizar pausa no ciclo de corte nos juros dos EUA

29 out 2025, 17:04 - atualizado em 29 out 2025, 17:09
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(Imagem: iStock.com/Aslan Alphan)

O dólar caminhava para mais uma sessão de perdas, mas as declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, mudaram a direção da divisa ante as moedas globais — e, principalmente, frente às emergentes — já na reta final do pregão. 

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Nesta quarta-feira (29), o dólar à vista (USDBRL) encerrou a sessão em estabilidade a R$ 5,3595. 



O movimento destoou da tendência externa. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, operava com alta de 0,52%, aos 98,185 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

A decisão de política monetária nos Estados Unidos concentrou as atenções dos investidores no mercado de câmbio.

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O Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) — equivalente ao Comitê de Política Monetária (Copom) brasileiro — cortou os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4,00% ao ano, como o esperado pelo mercado. 

A decisão, porém, não foi unânime: o diretor Stephen Miran, indicado por Donald Trump, votou pela redução de 0,50 ponto percentual, enquanto o presidente da unidade  do Fed de Kansas City Jeffrey Schmid sugeriu manter os juros inalterados na faixa de 4,00% a 4,25% ao ano.

No documento da decisão, o Comitê afirmou que os indicadores disponíveis sugerem que a atividade econômica tem se expandido a um ritmo moderado, que a criação de empregos desacelerou e a taxa de desemprego subiu ligeiramente, mas permaneceu baixa. A inflação, por outro lado, aumentou desde o início do ano e permanece um pouco elevada.

O BC norte-americano também anunciou que vai encerrar a redução de seu balanço patrimonial de US$ 6,6 trilhões em meio a evidências de que as condições de liquidez do mercado monetário começaram a ficar mais apertadas e os níveis de reservas bancárias a cair.

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Já durante a coletiva de imprensa, o presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou que o ciclo de afrouxamento monetário, iniciado em setembro, pode ser pausado na próxima reunião do Fomc, em dezembro.

“Uma nova redução da taxa básica de juros na reunião de dezembro não é uma conclusão precipitada. Longe disso, a política monetária não está em uma trajetória predefinida. […] Cortamos 25 pontos-base nas últimas duas reuniões e há um forte sentimento de que é hora de pausa [o ciclo de cortes]”, afirmou.

Powell ainda disse que não é possível saber o efeito do shutdown sobre o mercado de trabalho e a próxima decisão de política monetária. A paralisação da máquina pública norte-americana completou hoje 29 dias, sendo a segunda mais extensa na história dos EUA.

Ele também comentou sobre a divergência sobre a trajetória dos juros entre os membros do Comitê. “Nas discussões nesta reunião, houve opiniões muito diferentes sobre como proceder em dezembro”, afirmou Powell.

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Após a coletiva, o mercado reduziu as apostas de corte nos juros em dezembro. De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, os operadores veem 56,4% de chance de o Fed reduzir a taxa de referência em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano. Ontem (28), a probabilidade era de 90,5%.

Já a chance de o BC manter os juros inalterados na próxima decisão saltou de 9,1% (ontem) para 39,4% hoje, depois das declarações de Powell.

Além disso, o mercado ficou no aguardo de um acordo entre os Estados Unidos e a China. Os presidentes norte-americano Donald Trump e chinês Xi Jinping, têm uma reunião prevista na Coreia do Sul — às 23h (horário de Brasília) de hoje, manhã de quinta-feira (30) no horário local.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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