Dólar

Dólar perde força e cai a R$ 5,56 com salto do petróleo e expectativa de negociação comercial com os EUA

29 jul 2025, 17:02 - atualizado em 29 jul 2025, 17:25
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O dólar à vista perdeu força com salto do petróleo e otimismo com negociações comerciais entre o Brasil e os EUA (Imagem: iStock/eyeglb)

O dólar perdeu força mesmo com a proximidade do tarifaço dos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros. O otimismo de algum avanço nas negociações com a Casa Branca, a expectativa para a decisão de política monetária e o recuo na curva de juros futuros deram um “alívio” para o câmbio.

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Nesta terça-feira (29), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5695, com queda de 0,36%. 



O movimento destoou da tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, subia 0,26%, aos 98,893 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

O real ganhou força ante o real com uma combinação de fatores nesta terça-feira (29): algum otimismo nas negociações comerciais entre Brasil e os Estados Unidos (EUA) e a forte valorização das commodities no mercado internacional — com destaque para o petróleo Brent que avançou mais de 3%.

O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Luis Rua, afirmou que o governo trabalha em duas frentes para encontrar uma “solução” para o tarifaço.

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“Ouvindo o setor produtivo, temos trabalhado com duas abordagens. Uma delas é a negociação, que vocês têm acompanhado as dificuldades. A outra é a ampliação e diversificação de mercados”, afirmou Rua durante reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), de acordo com a nota do ministério.

Em entrevista à CNN Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o “plano de contingência” para fazer frente à eventual tarifação dos EUA inclui medidas de socorro a empresas afetadas.

A medida também não traz retaliações à Casa Branca e, segundo o ministro, respeita acordos internacionais, a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a relação histórica do Brasil com os EUA. “A resposta vai ser dada com altivez e soberania”, disse.

Haddad ainda disse que o governo analisa medidas estruturantes que fortalecem as exportações e a diversificação de parcerias comerciais. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encomendou um “cardápio” de propostas de curto, médio e longo prazo.

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Até agora, sem avanços nas negociações com a Casa Branca, a previsão é de que a taxa de 50% sobre os produtos brasileiros à importação no território norte-americano entre em vigor na próxima sexta-feira (1º).

Os investidores também operaram no aguardo das decisões de política econômica no Brasil e nos EUA, a serem divulgadas amanhã (30).

Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve manter os juros inalterados em 15% ao ano.

Na atualização mais recente, datada da última segunda-feira (28), a precificação das opções de Copom negociadas na B3 indicava 96,17% de chance de manutenção da Selic, contra 2,85% de probabilidade de nova alta de 25 pontos-base.

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Nos EUA, o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) também deve manter os juros inalterados na faixa de 4,25% a 4,50%, apesar das pressões de Trump para uma redução. Os agentes financeiros veem 97,9% de manutenção da taxa ante 2,1% de probabilidade de corte de 25 pontos-base, segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group.

No exterior, novos dados econômicos dos EUA também dividiram as atenções dos investidores. Entre eles, as vagas em aberto caíram em 275.000, para 7,437 milhões no último dia de junho, segundo a pesquisa Jolts elaborado pelo Departamento do Trabalho do país. Os economistas consultados pela Reuters previam 7,50 milhões de empregos em aberto.

O dado calibrou as apostas para o relatório oficial de empregos, o payroll, que será divulgado na próxima sexta-feira (1º). Os economistas consultados pela Dow Jones esperam que o relatório mostre 100.000 empregos criados em julho, menos do que os 147.000 criados em junho. A taxa de desemprego deve aumentar ligeiramente de 4,1% para 4,2%.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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