Dólar

Dólar recua a R$ 5,45 com expectativa de corte nos juros dos EUA

03 set 2025, 17:03 - atualizado em 03 set 2025, 17:09
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(Imagem: Nelson_A_Ishikawa/Getty Images)

O dólar interrompeu a sequência de três ganhos consecutivos com a retomada da expectativa de corte nos juros dos Estados Unidos neste mês. Dados da indústria e o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF ficaram no radar.

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Nesta quarta-feira (3), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,4529, com queda de 0,40%. 



O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, caía 0,21%, aos 98.183 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

Os dados econômicos movimentaram mais uma vez o câmbio nesta quarta-feira (3).

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Nos Estados Unidos, o dado de emprego veio mais fraco do que o esperado. O relatório Jolts, elaborado pelo Departamento do Trabalho do país, mostrou que as vagas de emprego em aberto no país caíram para 7,18 milhões em julho, em comparação com 7,37 milhões estimados pelos economistas consultados pela Reuters.

Além disso, o diretor do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) , Christopher Waller, afirmou que apoiará um corte na taxa de juros neste mês e outras reduções nas próximas decisões, em entrevista à CNBC.

O presidente da unidade do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, também disse que as evidências de um mercado de trabalho mais fraco justificam um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros até o final deste ano. Ele destacou que a inflação acima da meta de 2% continua sendo o principal risco para o BC. 

Após quatro anos com a inflação acima da meta de 2% do Fed, “a estabilidade de preços continua sendo a principal preocupação”, disse Bostic. “As implicações totais da política comercial ainda não estão claras. Não se sabe como a proposta de desregulamentação federal e as mudanças tributárias se manifestarão, nem até que ponto essas mudanças compensarão umas às outras.”

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Com os dados e as declarações dos dirigentes do BC, o mercado elevou as apostas de corte nos juros na a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Fomc, na sigla em inglês) do Fed, que acontece entre os dias 16 e 17 deste mês.

Perto do fechamento, os agentes financeiros precificavam 95,4% de chance de o BC dos EUA reduzir os juros em 0,25 ponto percentual, de acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group. Ontem (2), a probabilidade era de 92,7%. Hoje, a taxa está na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.

Há também a expectativa pelo relatório mensal de empregos, o payroll, de julho — que será divulgado na próxima sexta-feira (5).

No Brasil, a produção industrial caiu 0,2% em julho na comparação com o mês anterior, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O mercado ainda acompanhou o segundo dia do julgamento do no Supremo Tribunal Federal (STF)) sobre a tentativa de golpe de Estado, que tem ex-presidente Jair Bolsonaro como um dos réus.

O advogado do ex-presidente,  Celso Vilardi, defendeu que Bolsonaro não atentou contra o Estado Democrático de Direito após ser derrotado na eleição presidencial de 2022 em sua sustentação oral.

“O presidente — e eu vou demonstrar cuidadosamente tratando da questão da minuta — não atentou contra o Estado Democrático de Direito. E não há uma única prova que atrele o presidente a Punhal Verde e Amarelo, Operação Luneta e ao 8 de janeiro”, disse Vilardi.

O julgamento deve ter decisão final na próxima semana.

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O inquérito tem sido um ponto de tensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos, sendo a justificativa do presidente norte-americano Donald Trump para impor uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros e para a aplicação de sanções individuais a autoridades brasileiras.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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