Dólar

Dólar tem leva alta e fecha R$ 5,58 com tarifas mais brandas que as esperadas dos EUA sobre produtos brasileiros

30 jul 2025, 17:04 - atualizado em 30 jul 2025, 17:15
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com tarifaço sobre o Brasil e decisão do Fed (Foto: iStock.com/MicroStockHub)

Em um dia agitado por decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, além das negociações comerciais, o dólar voltou a ganhar força.

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Nesta quarta-feira (30), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5892, com alta de 0,35%. Durante a sessão, a divisa chegou a subir mais de 1%, atingindo R$ 5,63 na máxima do dia.



O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, subia 0,96%, aos 99,849 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

O real enfrentou um dia de forte volatidade com a oficialização da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros à importação nos Estados Unidos (EUA). 

Em duas cartas divulgadas na tarde desta quarta-feira (30), a Casa Branca confirmou a imposição de uma tarifa adicional de 40% sobre os produtos brasileiros. No total, o Brasil será taxado em 50% a partir de 6 de agosto — sete dias contados a partir de hoje. 

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O presidente norte-americano, Donald Trump, reafirmou que a decisão é uma resposta a ações recentes do governo brasileiro que, segundo ele, “constituem uma ameaça incomum e extraordinária”.

Contudo,  mais de 1 mil produtos não serão taxados na importação para os EUA. Entre os itens isentos estão: metais de silício, ferro-gusa, aeronaves civis e suas peças e componentes, alumina de grau metalúrgico, minério de estanho, madeira, metais preciosos, energia e produtos energéticos e fertilizantes, além de produtos agrícolas como castanha-do-pará, suco e polpa de laranja.

O governo norte-americana também sancionou penalidades individuais a autoridades brasileiras, por meio da Lei Magnitsky — o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, é um dos afetados pela norma.

Os investidores também ficaram à espera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a ser divulgada após o fechamento do mercado. O colegiado deve manter os juros inalterados em 15% ao ano.

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Dólar sobe também no exterior

Nos EUA, o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) manteve os juros inalterados na faixa de 4,25% a 4,50% pela quinta vez consecutiva, apesar das pressões de Trump para uma redução.

A decisão, porém, não foi unânime: os membros do Fomc, Michelle Bowman e Christopher Waller voltaram a favor de um corte de 0,25 ponto percentual.

Para o economista sênior do Inter, André Valério o dissenso na decisão pode ser interpretado como um sinal ao governo Trump, “dado que um desses diretores é um dos cotados para substituir o atual presidente, Jerome Powell, a partir de maio de 2026”.

Após a decisão, o mercado elevou a aposta de corte nos juros na próxima reunião em setembro. Contudo, as declarações de Powell recalibraram as expectativas e, no final do dia, os traders voltaram a avaliar um prolongamento da manutenção dos juros.

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No fechamento, a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group, indicava a probabilidade de 53,8% de o Fed manter os juros inalterados contra 35,4% de ontem. Já a chance de corte de 0,25 ponto percentual caiu de 63,3% (ontem) para 45,2%.

Os novos dados econômicos dos EUA também dividiram as atenções dos investidores. Entre eles, o Relatório Nacional de Emprego da ADP divulgou que foram abertas 104.000 vagas de emprego no setor privado no mês passado, depois de um declínio revisado de 23.000 em junho. Os economistas consultados pela Reuters previam abertura de 75.000 postos, depois de uma queda de 33.000 em junho relatada anteriormente.

O relatório da ADP foi desenvolvido em conjunto com o Stanford Digital Economy Lab e não tem correlação o relatório oficial de emprego de julho, o payroll — a ser divulgado na próxima sexta-feira (1º).

Os economistas consultados pela Dow Jones esperam que o payroll mostre 100.000 empregos criados em julho, menos do que os 147.000 criados em junho. A taxa de desemprego deve aumentar ligeiramente de 4,1% para 4,2%.

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As negociações tarifárias também ficaram no radar. Trump anunciou uma taxa de importação de 25% sobre a Índia a partir de 1º de agosto. O chefe da Casa Branca também afirmou que e as negociações estão avançando com a China e que espera que os dois lados cheguem a um acordo justo sobre comércio.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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