Dólar

Dólar ganha força ante real e fecha a R$ 5,64

04 jun 2025, 17:11 - atualizado em 04 jun 2025, 17:15
Tesouro nacional títulos públicos
O dólar ganhou força e interrompeu a sequência de perdas com ajuste técnico dos agentes financeiros em meio ao otimismo sobre IOF (imagem: Getty Images)

O dólar interrompeu a sequência de perdas ante o real e recuperou o fôlego com ajustes em meio às expectativas sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Dados econômicos e negociações tarifárias entre os Estados Unidos e os países parceiros comerciais seguiram no radar.

Nesta quarta-feira (4), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,6455, com alta de 0,17% ante o real. 



O movimento destoou da tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, caía 0,37%, aos 99,862 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

As discussões sobre o Imposto sobre as Operações Financeiras (IOF) continuaram a concentraram as atenções do mercado doméstico. Ontem (3), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que um novo anúncio sobre o tema só de acontecer na próxima semana.

Já nesta quarta-feira (4), o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, afirmou que a solução para o imbróglio do IOF virá do lado da receita e da despesa. “O diálogo está indo muito bem entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo”, disse.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em viagem à França. Mas, mesmo fora, a popularidade do governo também dividiu as atenções.

De acordo com a pesquisa Genial/Quaest, a desaprovação do governo subiu de 56% para 57% em abril. Já o levantamento do Poder Data apontou que 56% da população reprova Lula, ante 53% em março.

Pela manhã, o Banco Central vendeu US$ 400 milhões em um leilão de venda de dólares com compromisso de recompra em 4 de agosto deste 2025. Em um segundo leilão de linha realizado concomitantemente, o BC não aceitou nenhuma proposta. A venda foi realizada com base na taxa de câmbio Ptax das 10h, a R$5,6277.

Apesar dos fatores à favor do real, a moeda norte-americana ganhou força com ajuste do otimismo em meio às expectativas por medidas fiscais, iniciadas na véspera (3) com o adiamento do anúncio sobre o IOF, e que deu espaço para uma correção.

Dólar cai no exterior

No exterior, o dólar operou em queda ante moedas globais. Os investidores seguiram monitorando as negociações tarifárias entre os Estados Unidos e os países parceiros comerciais.

Em um publicação nas redes sociais, o Comissário Europeu de Comércio, Maros Sefcovic, disse que as conversas estão progredindo. Ele disse que teve uma “discussão produtiva e construtiva” com o Representante Comercial dos EUA, Jamieson Greer, “tiveram uma discussão produtiva e construtiva”.

“Estamos avançando na direção certa, no ritmo certo — e mantendo contato próximo para manter o ritmo”, disse Sefcovic após um encontro durante a reunião do Conselho Ministerial da OCDE em Paris.

O mercado de câmbio também reagiu a novos dados dos Estados Unidos. Hoje (4), o relatório ADP mostrou a criação de 37 mil vagas de trabalho no setor privado do país, uma desaceleração aos 60 mil postos abertos em abril, em dado revisado. Os economistas consultados pela Reuters previam abertura de 110.000 postos.

Logo após os dados, o presidente Donald Trump voltou a criticar o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, dizendo que é “tarde demais” e Powell deveria cortar as taxas.

Na véspera, o relatório Jolts apontou a abertura de postos de trabalho no país subiu para 7,391 milhões em abril. O resultado ficou acima da expectativa dos analistas, que previam criação de 7,1 milhões de vagas no período.

Os EUA acompanham uma bateria de dados de emprego ao longo da semana, sendo o payroll o mais esperado e que deve ser divulgado na próxima sexta-feira (6).

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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