Dólar

Dólar cai a R$ 5,44 com expectativa de corte nos juros dos EUA e à espera de payroll

04 set 2025, 17:02 - atualizado em 04 set 2025, 17:05
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(Imagem: iStock/eyeglb)

O dólar iniciou a sessão em alta, mas inverteu o sinal após dados de emprego do setor privado dos Estados Unidos virem mais fracos do que o esperado e, assim, elevarem as apostas de corte nos juros da maior economia do mundo. O payroll, considerado o relatório do mercado de trabalho mais relevante dos EUA, será divulgado amanhã (5).

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Nesta quinta-feira (4), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,4468, com queda de 0,11%. 



O movimento destoou da tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, subia 0,14%, aos 98.283 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

O mercado seguiu, em parte, os novos dados de empregos nos Estados Unidos.

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Por lá, 54.000 postos de trabalho foram criados no setor privado no mês passado, após a abertura de 106.000 vagas (dado revisado) em julho, mostrou o Relatório Nacional de Emprego da ADP divulgado na manhã desta quinta-feira (4). O resultado veio abaixo do esperado: os economistas consultados pela Reuters previam abertura de 65.000 empregos. 

Ontem (3), o relatório Jolts, elaborado pelo Departamento do Trabalho do país, mostrou que as vagas de emprego em aberto no país caíram para 7,18 milhões em julho, em comparação com 7,37 milhões estimados pelos economistas consultados pela Reuters.

O dado mais aguardado, porém, é o payroll. O relatório oficial de empregos, a ser divulgado amanhã (5), deve apontar a abertura de 76 mil postos de trabalho em agosto, de acordo com a mediana das Projeções Broadcast.

Os dados de emprego ajudam a calibrar as apostas de corte nos juros norte-americanos pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA).

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Perto do fechamento, os agentes financeiros precificavam 97,4% de chance de o BC dos EUA reduzir os juros em 0,25 ponto percentual, de acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group. Ontem (3), a probabilidade era de 96,6%. Hoje, a taxa está na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.

No Brasil, os investidores acompanharam dados macroeconômicos.

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 6,133 bilhões em agosto, saldo 35,8% mais alto do que o observado em agosto de 2024, quando ficou positivo em US$ 4,5 bilhões. Os dados foram divulgados na tarde de hoje (4) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O resultado do mês passado já foi impactado pela tarifa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos. A taxação entrou em vigor em 6 de agosto.

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O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF)) sobre a tentativa de golpe de Estado, que tem ex-presidente Jair Bolsonaro como um dos réus, seguiu no radar. O processo já teve dois dias de audiência e será retomado na próxima semana.

O inquérito tem sido um ponto de tensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos, sendo a justificativa do presidente norte-americano Donald Trump para impor uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros e para a aplicação de sanções individuais a autoridades brasileiras.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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