Dólar

Dólar fica estável a R$ 5,50 na véspera de tarifas sobre Brasil

05 ago 2025, 17:16 - atualizado em 05 ago 2025, 17:23
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O dólar à vista perdeu força com expectativa de corte nos juros dos EUA pelo Fed e desdobramentos da política tarifária de Trump (Imagem: iStock/eyeglb)

Na véspera da vigência das tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros à importação nos Estados Unidos, o dólar interrompeu a sequência de duas quedas consecutivas e ganhou força ante as moedas globais e emergentes. 

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Nesta terça-feira (5), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5060, com leve queda de 0,01%.



O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, operava estável, aos 98,770 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

O mercado de câmbio continuou à mercê da política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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Trump voltou a ameaçar um aumento “substancial” das tarifas impostas aos produtos da Índia nesta terça-feira (5), reiterando as declarações feitas na véspera.

O motivo por trás da elevação é a continuação das compras de petróleo russo — que, segundo o presidente, estão financiando a guerra da Rússia contra a Ucrânia. O chefe da Casa Branca já ameaçou sanções ao país liderado por Vladimir Putin caso não haja um cessar-fogo nos próximos dias. O governo Trump já impôs uma taxa de 25% sobre os produtos indianos.

Em entrevista à CNBC, Trump também afirmou que anunciará tarifas sobre semicondutores, chips e produtos farmacêuticos na próxima semana. “Faremos anúncios sobre semicondutores e chips, que são uma categoria separada, porque queremos que eles sejam feitos nos Estados Unidos”, disse. 

Os investidores ainda mantiveram as apostas de início de ciclo de cortes nos juros norte-americanos pelo  Federal Reserve (Fed) já em setembro, após dados mais fracos de atividade econômica que elevaram o temor de uma estagflação nos EUA. 

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O índice de preços (PMI) do setor de serviços recuou de 50,8 em junho para 50,1 em julho, segundo a pesquisa divulgada pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês). O resultado ficou aquém das expectativas do mercado: os analistas esperavam uma alta de 51,3 no mês.

Uma leitura acima de 50 indica uma expansão do setor. O dado de hoje, porém, aponta para uma leve estagnação de serviços nos EUA.

No cenário doméstico, os investidores também repercutiram a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que trouxe mais detalhes sobre a decisão de manter a Selic em 15% ao ano. 

No documento, o colegiado do Banco Central (BC) destacou as preocupações com as tarifas de Trump sobre o Brasil. Os diretores afirmaram que os impactos ainda dependem de como se encaminharão os próximos passos da negociação e a percepção de risco relativa ao processo.

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“Se, de um lado, a aprovação de alguns acordos comerciais, assim como os dados recentes de inflação e atividade da economia norte-americana poderiam sugerir uma situação de redução da incerteza global, de outro, a política fiscal e, em particular para o Brasil, a política comercial norte-americanas tornam o cenário mais incerto e mais adverso”, disse a ata.

A tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros entrará em vigor nesta quarta-feira (6).

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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