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Dólar cai a R$ 5,46 após Lula descartar retaliação de tarifas de Trump e com expectativa de corte nos juros dos EUA

06 ago 2025, 17:02 - atualizado em 06 ago 2025, 17:09
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O dólar à vista caiu pelo 4º dia consecutivo ante o real acompanhando o exterior em meio a expectativas de corte nos juros pelo Fed (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

O dólar manteve o ritmo de enfraquecimento pelo quarto dia consecutivo com a consolidação das apostas de corte nos juros nos Estados Unidos e a perspectiva de que o Brasil não vai retaliar as tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump

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Nesta quarta-feira (6), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,4632, com queda de 0,78%.



O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, caía 0,56%, aos 98,227 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

O mercado de câmbio continuou a acompanhar os desdobramentos da política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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Nesta quarta-feira (6), Trump anunciou uma tarifa adicional de 25% sobre os produtos da Índia, motivada pela compra de petróleo russo pelos indianos. Com a nova alíquota, o país asiático será taxado em 50%.

Os investidores ainda mantiveram as apostas de início de ciclo de cortes nos juros norte-americanos pelo  Federal Reserve (Fed) já em setembro. Perto do fechamento, a probabilidade de uma redução de 0,25 ponto percentual era de 95,1% na próxima decisão de política monetária, de acordo com a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group. Ontem (5), a chance era de 92,9%. As taxas de juros dos EUA estão na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano. 

No cenário doméstico, a tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros entrou em vigor nesta quarta-feira (6) — com exceções para quase 700 produtos listados pela Casa Branca. 

Na expectativa de negociações com os Estados Unidos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o plano de contingência para mitigar o impacto do ‘tarifaço’ incluirá crédito para empresas e aumento de compras governamentais. Ele deve se reunir com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, na próxima semana.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também disse que não pretende anunciar tarifas ‘recíprocas’ em retaliação ao ‘tarifaço’ e nem desistir das negociações comerciais, em entrevista à Reuters.

Segundo ele, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, está tentando negociar, assim com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e da Fazenda, Haddad. “O que nós não estamos encontrando é interlocução”, afirmou.

Por outro lado, Lula acrescentou que não vê espaço para negociações diretas com o presidente Trump. “Pode ter certeza de uma coisa: o dia que a minha intuição me disser que o Trump está disposto a conversar, eu não terei dúvida de ligar para ele. Mas hoje a minha intuição diz que ele não quer conversar. E eu não vou me humilhar”, declarou.

Entre os dados, os investidores acompanharam os números da balança comercial. O país registrou um superávit de US$ 7,075 bilhões em julho, uma queda de 6,3% na comparação anual, de acordo com dados do MDIC. O resultado, porém, ficou acima do esperado pelo mercado: os economistas consultados pela Reuters previam superávit de US$ 5,600 bilhões no mês.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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