Dólar

Dólar sobe a R$ 5,35 com incerteza sobre MP da taxação e exterior

07 out 2025, 17:04 - atualizado em 07 out 2025, 17:11
dólar câmbio
(Imagem: Pexels)

Com a retomada da aversão a risco global, o dólar teve um dia de ganhos. O cenário doméstico também contribuiu para o avanço da divisa com preocupações sobre as contas públicas.

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Nesta terça-feira (7), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,3507, com alta de 0,74%.



O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, subia 0,38%, aos 98,105 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

No Brasil, as atenções ficaram voltadas ao cenário fiscal.

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Com o risco de caducar, a Medida Provisória (MP) 1.303, alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), ainda precisa passar pelo crivo do Congresso. A validade da proposta é amanhã (8).

No último parecer, divulgado próximo ao fechamento, o relator da MP, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), trouxe ajustes, com detalhamento de um programa de cobrança retroativa das empresas de apostas esportivas (bets). Na versão anterior, o texto retirava o aumento da alíquota das contribuições sobre a receita bruta das bets.

A isenção de Imposto de Renda (IR) das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e de Crédito Imobiliário (LCI), das Letras de Crédito de Desenvolvimento (LCD), Letras Hipotecárias (LH) e Letras Imobiliárias Garantidas (LIG) foram mantidas, segundo o texto.

As mudanças reduziram a previsão de arrecadação do governo para R$ 17 bilhões. Nas contas do governo, a MP originalmente enviada ao Congresso poderia gerar um aumento de R$ 20,8 bilhões na arrecadação federal em 2026.

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Já no final da tarde, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que ainda não há acordo sobre a proposta.

Na tentativa de debater a matéria com os senadores, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se encontrou com líderes do Senado. Entre os presentes estavam o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP); o presidente da Comissão Mista da MP, Renan Calheiros (MDB-AL); e os líderes do governo da Casa, Jaques Wagner (PT-BA) e do Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP).

Outra pauta fiscal entrou em cena: a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil, que já foi aprovada pela Câmara dos Deputados. Hoje (7), o relator no Senado, Renan Calheiros afirmou que a Casa vai trabalhar para que eventuais mudanças no texto ocorram de forma que a matéria não precise retornar à Câmara dos Deputados.

Segundo Renan, as eventuais alterações devem ocorrer por meio de supressões e alterações na redação do projeto, o que regimentalmente permite que ele possa seguir direto à sanção presidencial após a votação no Senado.

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“O Senado não vai abrir mão do cumprimento do seu papel. O que tiver que ser modificado, vai ser modificado, sim. Nós vamos fazer tudo, no entanto, para que a matéria não volte para a Câmara dos Deputados”, disse o senador. “Nós vamos fazer uma tramitação rápida no Senado. Eu acho que não demorará 30 dias”, acrescentou.

Tensões políticas no exterior

A paralisação (shutdown) do governo dos Estados Unidos, que começou nesta quarta-feira (1º), entrou no sétimo dia com os republicanos e os democratas do Congresso ainda em um impasse e a Casa Branca ameaçando aumentar a pressão com demissões em massa de funcionários federais.

Na França, os investidores continuaram atentos à crise política.

Na última segunda-feira (6), o novo primeiro-ministro da FrançaSébastien Lecornu, e seu governo renunciaram. A decisão aconteceu horas depois de Lecornu ter anunciado a formação de seu gabinete, em um grande agravamento da crise política francesa.

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Lecornu, que foi o quinto primeiro-ministro de Macron em dois anos, permaneceu no cargo por apenas 27 dias. Seu governo durou 14 horas, tornando-se o mais curto da história moderna da França, em um momento em que o Parlamento está profundamente dividido e a segunda maior economia da zona do euro está lutando para colocar suas finanças em ordem.

*Com informações de Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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