Dólar

Dólar recua a R$ 5,33 com dados e ‘shutdown’ nos EUA

07 nov 2025, 17:02 - atualizado em 07 nov 2025, 17:08
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(Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

A aversão ao risco ditou, mais uma vez, as movimentações do mercado e o dólar engatou a terceira queda consecutiva. Incertezas sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos e valorização das commodities pressionaram a divisa norte-americana. 

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Nesta sexta-feira (7), o dólar à vista (USDBRL) encerrou a sessão a R$ 5,3357, com queda de 0,25%. 



O movimento acompanhou a tendência externa. Por volta das 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, operava com baixa de 0,12%, aos 99,610 pontos.

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Na semana, o dólar recuou 0,83% ante o real. 

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O que mexeu com o dólar hoje?

O prolongamento da paralisação (shutdown) da máquina pública dos Estados Unidos segue como um dos principais fatores de preocupação dos investidores.

Pelo segundo mês consecutivo, o relatório oficial de empregos — o payroll — não foi divulgado. Mas outros dados dividiram as atenções. Entre eles, a confiança do consumidor norte-americano caiu ao nível mais baixo em quase três anos e meio no início de novembro.

O índice de Confiança do Consumidor, elaborado pela Universidade de Michigan, caiu para 50,3 este mês, o nível mais baixo desde junho de 2022, de uma leitura final de 53,6 em outubro. Os economistas consultados pela Reuters previam que o índice cairia a 53,2.

“Com a paralisação do governo federal se arrastando por mais de um mês, os consumidores agora estão expressando preocupações sobre as possíveis consequências negativas para a economia”, disse Joanne Hsu, diretora da pesquisa, em um comunicado. “A queda na confiança deste mês foi generalizada em toda a população, observada em todas as idades, rendas e afiliações políticas.”

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Para Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank, o shutdown e as dúvidas sobre o mercado de trabalho têm gerado incertezas em relação ao que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) deve fazer na reunião de dezembro. “Eles [os diretores do Fed] seguem, como se diz, ‘na neblina’, ‘no escuro'”, diz Bresciani, em nota.

Além disso, há o movimento envolvendo os títulos do Tesouro norte-americano, os Treasuries. “Mesmo após declarações mais hawkish de [presidente do Fed] Jerome Powell e outros membros do Fed após a última reunião de política monetária, o mercado de Treasuries segue devolvendo prêmios, com o aumento das apostas em novos cortes de juros na reunião de dezembro, o que reduz a atratividade do dólar e favorece moedas emergentes como o real”, afirma Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.

No Brasil, os investidores também reagiram a novos dados. Em destaque, o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu 0,03% em outubro, ante elevação de 0,36% no mês anterior, em uma queda menor do que a expectativa de agentes do mercado apurada em pesquisa Reuters.

O real também foi beneficiado pela valorização das commodities. Os contratos futuros do petróleo Brent encerraram a sessão desta sexta-feira (7) com alta de 0,4%, a US$ 63,63 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

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*Com informações de Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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