Dólar

Dólar cai a R$ 5,42 com expectativa de corte nos juros dos Estados Unidos

07 ago 2025, 17:06 - atualizado em 07 ago 2025, 17:16
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O dólar à vista caiu pelo 5º dia consecutivo ante o real com expectativas de negociações comerciais com os EUA (Imagem: Nelson_A_Ishikawa/Getty Images)

Pelo quinto dia consecutivo, o dólar recuou ante moedas fortes e emergentes com a política tarifária dos Estados Unidos e a indicação do presidente Donald Trump à diretoria do Federal Reserve (Fed).

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Nesta quinta-feira (7), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,4227, com queda de 0,74% — no menor nível em um mês. 



O movimento destoou da tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, caía 0,05%, aos 98,127 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

O mercado de câmbio continuou a acompanhar os desdobramentos da política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,e a escalada de tensão entre a Casa Branca e o Kremlin.

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Ontem (6), após o fechamento, Trump anunciou uma tarifa de 100% sobre chips semicondutores importados pelo país. As empresas que se comprometeram em construir fábricas ou operam nos EUA ficarão isentas.

Há também a expectativa de que o presidente norte-americano anuncie sanções à Moscou até amanhã (8), já que não houve qualquer sinalização do presidente russo Vladimir Putin de um cessar-fogo com a Ucrânia — exigido pela Casa Branca desde o início do mês.

Vale lembrar que na última quarta-feira (6), Trump anunciou uma tarifa adicional de 25% sobre os produtos da Índia, motivada pela compra de petróleo russo pelos indianos. Com a nova alíquota, o país asiático será taxado em 50%.

Os investidores ainda mantiveram as apostas de início de ciclo de cortes nos juros norte-americanos pelo  Federal Reserve (Fed) já em setembro. Perto do fechamento, a probabilidade de uma redução de 0,25 ponto percentual era de 93,2% na próxima decisão de política monetária, de acordo com a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group. As taxas de juros dos EUA estão na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano. 

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A expectativa foi reforçada por declarações do presidente da unidade do Fed de Atlanta, Raphael Bostic. Ele afirmou que considera “adequado um corte de juros para este ano”, mas ressaltou que “há muitos dados a serem analisados” antes da reunião de política monetária em setembro.

Além disso, Trump confirmou a indicação de Stephen Miran como diretor do Fed. Ele pode assumir a cadeira de Adriana Kugler, que renunciou ao cargo na semana passada.

Por aqui, o real ganhou força com expectativas de há espaço para uma flexibilização da política monetária no Brasil, mesmo com a queda das commodities

O diretor de Política Monetária do Banco Central, ​Nilton David, disse que a autarquia fez uma interrupção no ciclo de alta da taxa Selic, e não uma pausa, avaliando que o plano de combate à inflação está se desenrolando mais ou menos como o esperado, em evento promovido pela Porto Asset, em São Paulo.

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As movimentações do governo para uma eventual negociação comercial com os Estados Unidos continuaram no radar. Hoje (7), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pretende incluir a queda de patentes de medicamentos nas conversas com a Casa Branca, segundo informações da Broadcast.

“Nunca existiu qualquer estudo dentro do Ministério da Saúde sobre isso. Nunca existiu qualquer proposta de quebra generalizada de patente. Ninguém sai fazendo quebra generalizada de patentes ou utiliza esse mecanismo como retaliação”, disse Padilha em vídeo que deve ser publicado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) hoje, ainda de acordo com a agência de notícias.

Ontem (6), Lula disse que  não pretende anunciar tarifas ‘recíprocas’ em retaliação ao ‘tarifaço’ e nem desistir das negociações comerciais, em entrevista à Reuters.

Está prevista uma reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, na próxima semana.

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Os dados econômicos ficaram segundo plano. Entre eles, o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu 0,07% em julho, ante queda de 1,80% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). A queda no indicador foi menor do que a expectativa apontada em pesquisa Reuters de deflação de 0,18%. 

*Com informações de Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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