Dólar

Dólar tem leve queda e fecha a R$ 5,34 com ata do Fed e MP da Taxação no radar

08 out 2025, 17:07 - atualizado em 08 out 2025, 17:18
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(Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O dólar teve uma sessão volátil com melhora do apetite a risco no exterior, ata do Federal Reserve (Fed), dados de fluxo de capital e tramitação da MP da Taxação, alternativa às mudanças do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciadas pelo governo no primeiro semestre deste ano.

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Nesta quarta-feira (8), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,3442, com queda de 0,11%.



O movimento destoou da tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, subia 0,27%, aos 98,852 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

No Brasil, as atenções seguiram voltadas ao cenário fiscal.

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Com o risco de caducar, a Medida Provisória (MP) 1.303, alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), foi aprovada ontem (7) pela Comissão Mista do Congresso e ainda precisa passar pelo crivo dos deputados e senadores nesta quarta-feira (8).

Os governistas correm contra o tempo, uma vez que a proposta tem de passar ainda pelos plenários da Câmara e do Senado a menos de 12 horas do prazo final antes de perder a validade.

Durante a tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, convocou uma reunião de emergência com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; da Casa Civil, Rui Costa; e de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; e líderes do governo do Senado, Jaques Wagner (PT-BA), da Câmara, José Guimarães (PT-CE) e do Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP) para discutir o impasse da medida no Congresso.

A conversa durou uma hora. A expectativa é de que Haddad faça uma entrevista coletiva sobre a MP logo após o fechamento do mercado, por volta de 17h (horário de Brasília).

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Entre os dados, o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$ 223 milhões em setembro, em movimento puxado pela via financeira, segundo dados do Banco Central. Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado.

Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de US$ 780 milhões em setembro. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações.

Pelo canal comercial, o saldo de setembro foi positivo em US$ 557 milhões.

O real também ganhou força com a recuperação do petróleo no mercado internacional. O contrato mais líquido do Brent, referência mundial, fechou com alta de 1,22%, a US$ 66,25 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

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Em linhas gerais, países emergentes e exportadores de commodities, como o Brasil, são impactados positivamente através do aumento dos preços das commodities, como o petróleo. 

Exterior

A paralisação (shutdown) do governo dos Estados Unidos, que começou nesta quarta-feira (1º), entrou no oitavo dia com os republicanos e os democratas do Congresso ainda em um impasse e a Casa Branca ameaçando aumentar a pressão com demissões em massa de funcionários federais.

Os investidores, porém, concentraram as atenções na ata da última decisão de política monetária, em que o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) fez um corte de 0,25 ponto percentual nos juros, para a faixa de 4,00% a 4,25% ao ano, retomando o ciclo de afrouxamento monetário.

Na ata do Fomc, divulgada nesta quarta-feira (8), os dirigentes concordaram  que os riscos para o mercado de trabalho norte-americano aumentaram o suficiente para justificar um corte na taxa de juros, mas muitos permaneceram cautelosos com a inflação ainda acima da meta de 2%.

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Com o documento, o mercado manteve as apostas de um novo corte nos juros norte-americanos. De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, o mercado vê 92,5% de chance de o Fed reduzir novamente os juros em 0,25 ponto percentual na próxima decisão, em 29 de outubro.

Na França, os investidores continuaram acompanhando a crise política.

*Com informações de Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.