Mercados

Dólar a R$ 5,30 ‘não parece sustentável’ e será revisto pelo fiscal, diz economista-chefe da Lifetime

07 out 2025, 15:17 - atualizado em 07 out 2025, 15:29
dólar câmbio
Focus projeta câmbio de R$ 5,45 por dólar para 2025 e R$ 5,53 para 2026. (Imagem: Pexels)

O câmbio no patamar de cerca de R$ 5,30 por dólar “não parece sustentável”, afirma a economista-chefe da Lifetime, Marcela Kawauti. A atual cotação reflete uma desvalorização do dólar, influenciado por fatores externos, mas que tende a se ajustar diante das incertezas nos Estados Unidos e das fragilidades fiscais no Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“[O câmbio a R$ 5,30] não me parece sustentável. Tem uma incerteza muito grande lá nos Estados Unidos e, em algum momento, isso vai precisar acomodar — então, o dólar deve voltar a se valorizar — e tem um problema fiscal interno”, disse no evento Lifetime Talks nesta terça-feira (7).

“Se o fiscal não for resolvido, teremos uma piora também da nossa moeda”, afirmou.

Segundo Kawauti, o comportamento do câmbio tem sido ditado pelo ambiente internacional. A política tarifária de Donald Trump tem sido um dos catalisadores para a perda força global da moeda norte-americana.

O presidente do país adotou uma postura comercial mais agressiva em 2025, elevando tarifas e ampliando alíquotas sobre importações — o que gerou grandes incertezas e redefiniu o equilíbrio da geopolítica global.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No acumulado deste ano, o dólar caiu aproximadamente 14% frente ao real. O câmbio começou o ano no patamar de R$ 6,17 e fechou setembro em R$ 5,32 por dólar.

A economista da gestora afirma, no entanto, que o desequilíbrio das contas públicas brasileiras continua sendo um risco relevante para a valorização do real. “Por isso que o Focus insiste em colocar o câmbio do final deste ano e do final do ano que vem acima do câmbio atual.”

No Boletim Focus, as projeções coletadas pelo Banco Central (BC), no entanto, são de R$ 5,45 para 2025 e R$ 5,53 para 2026.

Ela, no entanto, afastou a ideia de que o Brasil esteja em um quadro de dominância fiscal. “Estaríamos em dominância fiscal se o Banco Central tivesse medo de subir juros para segurar a inflação por conta do impacto que esses juros teriam na dívida pública.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“É claro que o BC olha isso nas contas que faz, mas não o impede de subir juros, mesmo sabendo do impacto fiscal que isso tem”, disse.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
Linkedin
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
Linkedin
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar