Moedas

Dólar à vista fecha em baixa de 0,80%, a R$ 5,1657 na venda

28 mar 2023, 17:26 - atualizado em 28 mar 2023, 20:11
Dólar
Na B3, às 17:08 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,72%, a 5,1670 reais (Imagem: Pixabay/ericdunham)

O dólar à vista fechou em baixa ante o real pela terceira sessão consecutiva nesta terça-feira, influenciado pelo exterior, onde a moeda norte-americana também caía ante outras divisas, e pela percepção de que o Banco Central manterá a taxa básica de juros em patamares mais elevados no curto prazo.

No exterior, o dólar sustentava perdas ante divisas como o peso chileno, o peso mexicano, o dólar australiano e o dólar canadense. Por trás do movimento estava a percepção de que a crise bancária que atingiu instituições dos Estados Unidos e da Europa foi amenizada, após a atuação de órgãos e países, o que aumentava o apetite por risco. Este movimento se replicou no Brasil.

Pela manhã, os investidores também se debruçaram sobre a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. No documento, a instituição afirmou que a relação entre a apresentação do novo arcabouço fiscal –prevista para os próximos dias– e a convergência da inflação para as metas não é direta, enfatizando o foco em melhorar as expectativas, que seguem desancoradas. O BC também pregou paciência na condução da política monetária.

O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,1657 reais na venda, em queda de 0,80%. Nas três últimas sessões, a moeda norte-americana acumulou baixa de 2,35%.

Na B3, às 17:22 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,70%, a 5,1680 reais.

Nos últimos dias, a percepção de que a Selic seguirá por enquanto em patamares mais elevados, aliada à visão de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) não será radical em sua política monetária em função das turbulências bancárias, favoreceu o recuo do dólar ante o real.

O diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, lembra que este cenário torna o investimento no Brasil mais atrativo.

“Nossa bolsa está com cerca de 1,50% de alta (nesta terça-feira) porque há fluxo de recursos”, comentou Rugik. “O estrangeiro está vislumbrando que nossas ações estão baratas. O sentimento é de que os EUA não vão subir mais os juros, enquanto o Brasil mantém. Então, o investidor vem para o Brasil.”

No exterior, o dólar se mantinha em alta ante uma cesta de moedas no fim da tarde.

Às 17:22 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– caía 0,31%, a 102,430.

Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 16 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de maio.

(Atualizada às 20:11)

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