Mercados

Dólar cai mais de 1% ante real com exterior e acirramento da disputa eleitoral em foco

20 out 2022, 17:13 - atualizado em 20 out 2022, 17:32
Dólar
A divisa norte-americana à vista perdeu 1,11%, a 5,2168 reais na venda, maior depreciação diária desde o tombo de 4,025% registrado no último dia 3 (Imagem: REUTERS/Rick Wilking)

O dólar (USDBLR) fechou em forte queda nesta quinta-feira, pressionado por algum otimismo externo na esteira de balanços empresariais fortes nos Estados Unidos e da renúncia da primeira-ministra do Reino Unido, enquanto, no Brasil, o acirramento da disputa eleitoral forneceu impulso adicional ao real.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A divisa norte-americana à vista perdeu 1,11%, a 5,2168 reais na venda, maior depreciação diária desde o tombo de 4,025% registrado no último dia 3 e menor cotação para encerramento desde segunda-feira da semana passada (5,1921).

Na B3 (B3SA3), às 17:01 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,01%, a 5,2285 reais.

Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, disse que o anúncio da saída da premiê britânica Liz Truss foi responsável, em parte, pelo enfraquecimento do dólar no Brasil e no mundo nesta sessão.

Truss, líder já sem credibilidade aos olhos dos mercados financeiros, renunciou nesta quinta-feira depois de apenas seis semanas no poder.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ela foi derrubada por seu programa econômico de corte de impostos, que abalou os mercados e dividiu seu Partido Conservador.

“Com o fim desse período turbulento, os mercados respiram um pouco aliviados, embora não seja possível definir ainda o que ocorrerá no Reino Unido. Assim, o real se beneficia desse movimento de otimismo”, disse Mattos.

Dólar
Ao mesmo tempo, o cenário econômico doméstico continua sendo apontado como um grande suporte para o real (Imagem: Pixabay/ilheufx)

No noticiário externo, investidores também apontaram balanços melhores do que o esperado de algumas empresas norte-americanas como fator de sustentação para movimentos de procura por risco.

Já na cena doméstica, pesquisa Datafolha publicada na quarta-feira mostrou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 49% das intenções de voto mesmo patamar da sondagem anterior e Jair Bolsonaro (PL) com 45% variação positiva de 1 ponto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como a margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, o petista e o candidato à reeleição estão em empate técnico.

“Não apenas o Datafolha, como a esmagadora maioria de outros institutos captaram um leve acréscimo nas intenções de voto de Jair Bolsonaro, indicando uma clara tendência de acirramento na disputa presidencial”, avaliou a Levante Investimentos em relatório. “O clima deve trazer algum otimismo para os mercados no curto prazo, que descartam, a princípio, um descolamento de Lula frente ao seu adversário.”

Investidores acreditam que uma eleição mais disputada poderia forçar tanto Lula quanto Bolsonaro a moderar seus discursos e buscar alianças mais ao centro, o que é visto com bons olhos pela maioria dos mercados.

Ao mesmo tempo, o cenário econômico doméstico continua sendo apontado como um grande suporte para o real.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“O Brasil está na contramão do mundo: tem uma inflação que está desacelerando, chegou no final do ciclo de alta de juros e tem uma atividade econômica que tem trazido bons resultados, surpreendido positivamente”, disse à Reuters Rafael Perez, economista da Suno Research.

Dólar
Como a margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, o petista e o candidato à reeleição estão em empate técnico (Imagem: REUTERS/Murad Sezer)

Ainda assim, ele alertou para a manutenção de temores internacionais, conforme a inflação elevada nas principais economias segue forçando os bancos centrais a apertar suas respectivas políticas monetárias, mesmo em meio a temores de recessão.

Segundo o economista, frente aos cenários externo e interno conflitantes, a tendência é de que os catalisadores do mercado de câmbio local se alternem entre a cautela global e o relativo otimismo em relação à economia brasileira, com o dólar devendo encerrar este ano não muito distante dos níveis atuais, entre 5,20 e 5,30 reais.

Prêmio Os + Admirados da Imprensa!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Money Times é finalista em duas categorias do Prêmio Os + Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças. O site concorre na categoria Canais Digitais e com o jornalista Renan Dantas na categoria Jornalistas Mais Admirados. Deixe seu voto aqui!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar