Dólar amplia perdas após dados inofensivos de inflação nos EUA
Investing.com – O dólar ampliava as perdas em relação a uma cesta de moedas na quinta-feira, afastando-se da máxima de quatro meses e meio após os dados inofensivos da inflação dos EUA indicarem que o Federal Reserve manterá planos de um ritmo gradual de aumento da taxa.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, tinha queda de 0,52% e chegava a 92,47 às 10h01, distanciando-se de 93,26, máxima de quatro meses e meio atingida na quarta-feira.
O dólar perdeu força depois que o Departamento do Trabalho informou que a inflação anual subiu 2,5% em abril, em linha com as previsões, mas a inflação mensal subiu 0,2%, menos do que o esperado.
O núcleo da inflação, ou inflação de base, teve alta de 2,1% em base anual no mês passado e teve aumento de 0,1% a partir do mês anterior.
Os dados indicaram que o Fed manterá planos de dois aumentos adicionais de juros este ano, mas reduziram as expectativas de um ritmo mais agressivo de aperto monetário.
Ao mesmo tempo, outro relatório mostrou que os pedidos semanais de seguro-desemprego nos EUA totalizaram 211.000 na semana passada, perto da mínima de quase 48 anos, indicando uma força contínua no mercado de trabalho.
O dólar foi impulsionado pelo aumento nos rendimentos de títulos dos EUA e pela possibilidade de ritmo mais acelerado de aumentos de juros do Federal Reserve neste ano.
Expectativas de juros mais altos tornam o dólar mais atraente a investidores que buscam bons rendimentos.
O dólar revertia os ganhos prévios frente ao iene, com o par USD/JPY recuando 0,34% para 109,35, afastando-se de 110,03, máxima de três meses atingida em 2 de maio.
O euro subia, com o par EUR/USD avançando 0,67% para 1,1927 após ter caído para 1,1821, mínima de quatro meses, na sessão anterior.
A libra permanecia em baixa, com o par GBP/USD recuando 0,15% para 1,3527, não muito distante de 1,3483, mínima de quatro meses atingida na terça-feira.
A libra esterlina estava sob pressão depois que o Banco da Inglaterra deixou as taxas de juros em espera nesta quinta-feira e disse que qualquer aumento futuro das taxas provavelmente será gradual e limitado em sua extensão.