Dólar

Após cair 2,4%, o que esperar do dólar em semana de ‘super quarta’ de BCs?

17 set 2023, 15:15 - atualizado em 18 set 2023, 10:25
dólar moedas
Dólar pode ter semana de volatilidade em semana de decisão de Bancos Centrais, no Brasil e nos EUA (Imagem: Pixabay/Nikolay Frolochkin)

O dólar à vista fechou a semana anterior com desvalorização de 2,4%, cotado a R$ 4,86 para venda, interrompendo duas altas semanais seguidas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Contudo, esta semana promete ser agitada para a moeda norte-americana já que tem a ‘super quarta’ de Bancos Centrais

Aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) deverá cortar a taxa Selic novamente em 0,50 ponto percentual (p.p.), para 12,75% ao ano. Enquanto lá fora, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deverá manter a taxa de juros.

Para o sócio-analista da Ajax Asset, Rafael Passos, a semana promete ser de volatilidade para a divisa estrangeira e sem surpresas, caso o Fed mantenha a taxa de juros no intervalo entre 5,25% e 5,50%.

“Os dados de inflação nos Estados Unidos vêm mostrando desaceleração e estão um pouco saudáveis. Aparentemente, a economia americana vem convergindo para os níveis pré-pandemia de covid-19. Mas claro, a inflação ainda está acima da meta e há muito o que [o Fed] fazer”, diz Passos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Semana deve ser de dólar volátil

Desta forma, segundo Passos, o discurso de “pouso-suave” pelo Fed ganhou força com a economia norte-americana mostrando-se resiliente. Ele acrescenta que a possibilidade de recessão nos Estados Unidos perdeu força.

De todo modo, o Dollar Index (DXY) – índice que mede a força da moeda norte-americana ante uma cesta de divisas como euro, libra esterlina e iene -, segue nas máximas desde março deste ano, acima dos 105 pontos.

O profissional da Ajax Asset destaca que, na quarta-feira, as atenções se voltam novamente para o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“O dólar poderá ganhar um pouco de força dependendo do discurso dele, podendo ser mais duro [hawkish] sobre a inflação americana”, comenta.

Segundo Passos, consequentemente, o movimento da moeda no exterior poderá esbarrar no real, refletindo em um dólar mais forte também no mercado doméstico.

Entretanto, o sócio-analista da Ajax diz que o último resultado do índice oficial de inflação do país (IPCA), de alta de 0,23%, trouxe um pouco de conforto, abrindo margem para cortes adicionais da Selic pelo Copom.

Apesar da disparada do preço do petróleo no mercado internacional, um dos fatores que têm ajudado a sustentar o dólar nas máximas em seis meses, Passos ressalta que a divisa estrangeira tem trabalhado entre R$ 4,80 e R$ 5,00. “Vejo que a divisa deverá seguir nesse intervalo”, pondera.

Compartilhar

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
flavya.pereira@moneytimes.com.br
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.