Dólar

Por que dólar disparou quase 1% nesta segunda-feira (e a relação com os dividendos)

22 dez 2025, 17:12 - atualizado em 22 dez 2025, 17:34
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(Imagem: Nelson_A_Ishikawa/Getty Images)

O dólar encerrou a sessão em alta em meio às remessas de juros e dividendos para fora do Brasil, que se intensificaram e conduziram à alta firme do dólar ante o real.

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Nesta segunda-feira, o dólar à vista (USDBRL) encerrou a sessão a 0,97%, aos R$ 5,5844. No ano, porém, a moeda acumula baixa de 9,62%.



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Neste fim de ano, especificamente, os envios estão sendo potencializados por quem busca se antecipar ao fim, em janeiro de 2026, da isenção de imposto de renda sobre as remessas ao exterior, que passarão a ser taxadas em 10%, e ao início da taxação de 10% sobre valores recebidos acima de R$50 mil por mês em dividendos.

Na última sexta-feira, o Banco Central realizou leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) de US$2 bilhões, justamente para atender à demanda do mercado por moeda para remessas neste fim de ano.

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“Muita gente, de última hora, está remetendo juros e dividendos ao exterior, o que está pressionando”, comentou durante a tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, ao justificar o avanço firme do dólar ante o real.

Às 15h20, o dólar à vista atingiu a cotação máxima intradia de R$5,6075 (+1,39%).

O movimentou ocorreu na contramão do exterior, onde a moeda norte-americana cedia ante a maior parte das demais divisas, com destaque para o recuo em relação ao iene, depois que autoridades japonesas sinalizaram a possibilidade de intervenção no mercado.

Às 17h09, o índice do dólar – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, incluindo o iene – cedia 0,46%, aos 98,245.

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O que mexeu com o dólar hoje?

O pano de fundo doméstico ficou praticamente esvaziado depois que o Congresso Nacional encerrou os trabalhos de 2025, na sexta-feira, com a aprovação do Orçamento de 2026.

O texto aprovado prevê um superávit primário de R$ 34,5 bilhões no próximo ano, levemente acima da meta fiscal de R$ 34,3 bilhões — o equivalente a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).

Pelo arcabouço fiscal, a meta é considerada cumprida dentro de uma margem de tolerância de 0,25% do PIB. Para 2026, essa banda vai de déficit zero a um superávit de até R$ 68,5 bilhões.

Apesar da sinalização oficial, o mercado segue desconfiado. O boletim Focus divulgado na manhã desta segunda-feira pelo Banco Central mostrou que a mediana das projeções para o resultado primário de 2026 continua indicando um déficit de 0,60% do PIB.

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No mesmo relatório, a projeção para o dólar no fim de 2025 subiu de R$ 5,40 para R$ 5,43, enquanto a estimativa para o encerramento de 2026 permaneceu em R$ 5,50. Já as expectativas para a inflação recuaram: para 2025, a mediana caiu de 4,36% para 4,33%, e, para 2026, de 4,10% para 4,06%.

Com Reuters

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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