Moedas

Dólar cai 2% ante real de olho em disputa eleitoral apertada nos EUA

04 nov 2020, 15:46 - atualizado em 04 nov 2020, 15:46
Dólar
Às 15:37, o dólar recuava 1,91%, a 5,6506 reais na venda (Imagem: Pixabay)

O dólar chegou a cair mais de 2% contra o real nesta quarta-feira, em meio a uma disputa eleitoral muito mais acirrada do que o esperado nos Estados Unidos, deixando os investidores ansiosos à espera de um resultado claro sobre quem será o próximo presidente da maior economia do mundo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Às 15:37, o dólar recuava 1,91%, a 5,6506 reais na venda. Na mínima do dia, a moeda norte-americana caiu 2,03%, a 5,6442 reais, seu menor patamar intradiário desde 27 de outubro.

O contrato mais negociado de dólar futuro tinha queda de 1,87%, a 5,654 reais.

Contra uma cesta das principais moedas, o dólar tinha alta de cerca de 0,3%, cedendo algum terreno depois de ter disparado mais de 1,2% nas negociações overnight.

O peso mexicano e o rand sul-africano, dois dos principais pares do real, se recuperavam, saltando cerca de 1% depois de terem caído mais cedo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

À medida que os votos ainda eram contados, os mercados internacionais continuavam sem certeza sobre quando um resultado definitivo será anunciado.

“Há muita indefinição, não dá para bater o martelo”, disse à Reuters Vanei Nagem, responsável pela mesa de câmbio da Terra Investimentos. “Parece que os mercados estão se acomodando”, com a impressão de que não haverá grandes surpresas independentemente do resultado, acrescentou.

Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho, destacou a performance superior do real em relação a seus pares emergentes, o que atribuiu à falta de confirmação de uma ampla vantagem do democrata Joe Biden contra o atual presidente, Donald Trump –cenário que era projetado por boa parte dos mercados.

Ainda que uma “onda azul”, em que os democratas conquistariam a Casa Branca e uma maioria parlamentar, seja vista como um cenário positivo para emergentes, principalmente devido à maior probabilidade de aprovação de mais estímulos fiscais, o discurso de Trump está bem mais alinhado ao do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse Rostagno.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo Sidnei Moura Nehme, economista e diretor-executivo da NGO Corretora, “a grande preocupação (em relação às eleições) é com a judicialização do resultado ainda não conhecido, e isto sim poderá estressar muito o ambiente global”.

Mesmo sem a contabilização de todos os votos, Trump afirmou que venceu, que “eles” estão tentando roubar a eleição e que irá à Suprema Corte para lutar pela vitória se necessário.

Seu adversário, Joe Biden, declarou estar otimista sobre a vitória e pediu que todos os votos sejam contados, sem importar quanto tempo isso irá levar.

Enquanto isso, “tudo leva a crer que passada a concentração de atenção na eleição americana, ganhará dimensão maior no mundo a ‘retomada’ da crise da pandemia em seu segundo ciclo e as medidas de ‘lockdown’ e reações”, disse Nehme. “No Brasil aflorarão as discussões políticas em torno da crise fiscal, no primeiro momento.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As dúvidas sobre como o governo financiaria um programa de assistência social sem furar o teto de gastos têm concentrado as atenções dos investidores locais, que também seguem descontentes com o caminhar da agenda de reformas estruturais.

Esse cenário, somado ao patamar extremamente baixo da taxa Selic e a um crescimento econômico fraco, deixam o dólar em alta de cerca de 40% contra o real no ano de 2020.

No lado positivo, analistas citavam como promissora a notícia de que o Senado aprovou na terça-feira a proposta que confere autonomia formal ao Banco Central, de forma a garantir que a instituição possa atuar sem risco de interferência político-partidária.

O Bradesco disse em nota que a autonomia “deve contribuir para reduzir a volatilidade macroeconômica no Brasil”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A proposta segue agora para apreciação da Câmara dos Deputados.

Na última sessão, a moeda norte-americana à vista subiu 0,39%, a 5,7609 reais na venda.

O Banco Central fez nesta sessão leilão de swap tradicional em que vendeu 12 mil contratos para rolagem com vencimento em abril de 2021.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar