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Dólar cai após abrir em alta; entenda a reação à eleição de Lula

31 out 2022, 13:20 - atualizado em 31 out 2022, 13:20
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Dólar tem dia de forte volatilidade após o desfecho das eleições, oscilando nos campos positivo e negativo (Imagem: Pixabay)

Após disparar 2% na abertura do pregão desta segunda-feira (31), o dólar à vista cai 1% frente ao real, invertendo o sinal de alta em dia de ajustes técnicos e poucos negócios.

Por volta das 13h10 (de Brasília), a moeda norte-americana recuava 0,8%, a R$ 5,25. Nessas primeiras horas, o dólar oscilou nas mínimas de R$ 5,21 e máximas de R$ 5,40.

O sócio-diretor da Pronto Invest, Vanei Nagem, comenta que o dólar está em correção de uma alta recente, além de ser último dia do mês, quando tem a disputa pela formação de preço da taxa Ptax – média das cotações apuradas pelo Banco Central (BC).

Dólar precificou vitória de Lula

Nagem comenta que a moeda norte-americana abriu o pregão com pouca liquidez reagindo à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Tanto que, depois, a moeda foi perdendo força. Aí, as mesas [de operação] começaram a fazer análises e projeções. O mercado foi se acalmando”, observa.

O sócio da Nexgen Capital, Felipe Izac, acrescenta que o mercado já vinha precificado que o ex-presidente seria eleito, o que resultou na alta da divisa estrangeira nos últimos dias.

“No primeiro momento, vimos o dólar subindo. Depois, a gente vai vendo um mercado mais estabilizado. O Brasil está muito bem colocado economicamente, principalmente, comparado aos demais países emergentes. Então, está bem visto para o investidor estrangeiro”, diz Izac.

Nagem, da Pronto, acrescenta que o investidor “gringo” continua entrando na Bolsa, mas hoje esse fluxo não está intenso. “Gringo não entra no último dia do mês. Tem Ptax, contratos de rolagem”, diz.

Apostas de um novo ministro

Segundo Nagem, as mesas de operação ainda apostam que o nome mais cotado para assumir o Ministério da Fazenda – que deve voltar no governo Lula – é o de Henrique Meirelles.

“É um bom nome para o mercado. Mesmo que o PT tenha uma agenda mais controladora, vendo o nome do Meirelles, o mercado lê que a agenda pode ser mais solta”, acrescenta.

O silêncio de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro, mais de 15 horas após o resultado das urnas, ainda não se pronunciou sobre a sua derrota. O sócio da Pronto diz que havia um receio de que o presidente faria contestações sobre o resultado. Porém, esse receio vai perdendo força.

“Os próprios apoiadores de Bolsonaro já parabenizaram o Lula pela vitória. Mas o silêncio do presidente incomoda. É ruim”, pondera.

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Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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