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Dólar cai e fecha a R$ 4,05 com menor aversão ao risco no exterior

12 set 2019, 17:35 - atualizado em 12 set 2019, 17:35
O dólar à vista teve queda de 0,11%, a 4,0599 reais na venda (Imagem: Marcello Casal JrAgência Brasil)

O dólar encerrou em leve queda contra o real nesta quinta-feira, sua terceira sessão consecutiva de queda, algo que não acontecia desde meados de julho, em cenário de menor aversão ao risco no exterior com atenções voltadas para guerra comercial entre Estados Unidos e China.

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O dólar à vista teve queda de 0,11%, a 4,0599 reais na venda. Na mínima da sessão, o dólar chegou a tocar 4,0273 reais, menor nível desde 22 de agosto.

Na B3, o dólar futuro recuava 0,25%, a 4,0630 reais.

O dólar operou em queda contra a moeda brasileira durante toda a sessão, com agentes do mercado elevando suas posições em ativos de risco depois de China e EUA fazerem concessões antes das negociações presenciais de outubro e em meio a notícias de que as autoridade norte-americanas estavam considerando um adiamento de tarifas sobre produtos chineses.

Mais tarde, no entanto, a CNBC citou uma autoridade da Casa Branca negando que os Estados Unidos estejam considerando um acordo provisório com a China, reduzindo a queda do dólar contra o real.

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O dólar, no entanto, se desvalorizava contra grande parte de suas divisas, com as moedas emergentes pares do real, como lira turca e rand sul-africano, em alta de 1,49% e 0,47% contra o dólar, respectivamente.

“A guerra comercial é o principal fator de incerteza do mercado e qualquer notícia sobre o assunto acaba afetando todos os ativos. No momento, o viés foi mais positivo, mas amanhã pode não ser”, afirmou Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da Consultoria independente de investimento Levante.

Os bancos centrais globais estão lutando contra os impactos da guerra comercial entre EUA e China sobre as principais economias. Nesta quinta-feira, o BCE cortou sua taxa de depósito em 10 pontos-base, para uma mínima recorde de -0,5%; prometeu que as taxas permaneceriam baixas por mais tempo e disse que reiniciaria as compras de títulos a um ritmo de 20 bilhões de euros por mês a partir de 1º de novembro.

As atenções agora se voltam para a reunião de política monetária do Federal Reserve em 17 e 18 de setembro, com os juros futuros dos EUA indicando que operadores veem 88,8% de chance de o Fed cortar juros em 0,25 ponto percentual na próxima reunião, de acordo com a ferramenta Fedwatch do CME Group.

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O mercado também vai monitorar a partir de agora a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que divulga sua decisão de política monetária no mesmo dia que o Fed.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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