Moedas

Dólar começa negócios em queda seguindo pausa externa

12 jan 2021, 9:16 - atualizado em 12 jan 2021, 10:34
Câmbio, Dólar, Dinheiro
Às 9h07, o dólar à vista caía 0,31%, a 5,4853 reais na venda (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

O dólar caía ante o real nesta terça-feira, com o mercado de câmbio seguindo o respiro visto no exterior, conforme investidores avaliavam o cenário da pandemia e aguardavam a safra de balanços nos Estados Unidos.

Às 9h56, o dólar à vista cedia 0,53%, a 5,4738 reais na venda. Na véspera, a cotação saltou 1,60%, a 5,5033 reais na venda, maior nível desde 5 de novembro (5,5455 reais).

No exterior, o índice do dólar frente a uma cesta de divisas tinha variação negativa de 0,06%, após alta de 0,48% na segunda-feira.

De forma geral, as preocupações com a pandemia seguiam, mas o que vem ganhando espaço nas discussões de analistas é a abertura das taxas dos Treasuries, títulos do Tesouro dos Estados Unidos, movimento que no geral aumenta o apelo do dólar frente a rivais.

“Vale observar, entretanto, que, no Brasil, a preocupação fiscal segue como principal fator que mantém o real depreciado e continuará como um dos temas principais em 2021″, disse a Rico em relatório.

A casa ainda estima dólar a 4,90 reais ao fim do ano e com potencial de apreciação adicional se o cenário global continuar a sugerir o dólar mais fraco ante moedas emergentes.

O ano mal começou e o real já perde 5% ante o dólar, pior desempenho global. Com o descolamento do câmbio, o Banco Central voltou a fazer ofertas líquidas de moeda estrangeira nos últimos dias, com venda de 500 milhões de dólares apenas na véspera.

A piora relativa do real é associada também ao nível de juros, com a Selic na mínima histórica de 2% deixando a moeda brasileira como opção barata para hedge ou mesmo como fonte de financiamento.

Uma das discussões no mercado doméstico é se o Banco Central poderia ser forçado a antecipar a normalização da política monetária, cujo início está previsto atualmente para agosto, num contexto em que a inflação surpreende para cima.

O IPCA terminou 2020 com alta acumulada de 4,52%, a maior taxa em quatro anos e acima da meta de 4%, embora dentro do intervalo de tolerância (entre 2,5% e 5,5%).

(Atualizada às 10h34)

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