Economia

Dólar deve seguir no patamar de R$ 6 em 2025, vê Santander

22 dez 2024, 9:50 - atualizado em 22 dez 2024, 10:09
dólar câmbio
(Imagem: Pexels)

Para o Santander, o dólar deve seguir no patamar de R$ 6 em 2025. Ana Paula Vescovi e a equipe do banco afirmam que o círculo vicioso entre as políticas econômicas, que pode ser exacerbado no ano que vem, os levou a elevar a projeção para a moeda — que antes era de R$ 5,80.

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Segundo os economistas, o comportamento do câmbio em dezembro ilustra as limitações da análise de moeda que considera apenas o diferencial de juros.

Eles explicam que há dois regimes distintos na relação entre as duas variáveis: em tempos de deterioração das percepções de risco, a correlação se torna positiva, enquanto o aumento dos juros atrai um influxo de moeda estrangeira e deprecia o dólar quando acompanhado por menos incerteza.

“A depreciação do real após o aumento de 3 pontos base na taxa Selic reflete a falta de sinais de mudança na postura fiscal“, dizem.

Os economistas afirmam, que algumas das antigas adversidades enfrentadas pela economia brasileira não acabaram.

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No centro desses desafios está justamente a política fiscal. A consequência mais clara e visível é a depreciação do real para níveis nominais recordes.

Já a inflação, que vinha se comportando relativamente bem apesar das revisões positivas e recorrentes nas estimativas de hiato do produto, voltou a ser motivo de preocupação. “Como tem sido frequentemente o caso no passado, a responsabilidade pelo reequilíbrio macroeconômico recai apenas sobre a política monetária”.

O banco destaca que o país está contando com um novo choque positivo das commodities para sustentar a atividade e mitigar a depreciação do real e as expectativas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.