Dólar

Dólar tem leve queda pela 3ª sessão consecutiva e fecha a R$ 5,80

13 mar 2025, 17:02 - atualizado em 13 mar 2025, 17:35
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O dólar à vista estendeu as perdas da véspera com o corte bilionário no orçamento do programa Bolsa Família e tarifas de Trump no radar (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O dólar à vista (USDBRL) estendeu as perdas da véspera em meio à valorização do minério de ferro e incertezas sobre as tarifas de importações impostas pelos Estados Unidos. O corte bilionário no orçamento do programa do Bolsa Família seguiu repercutindo sobre o câmbio.

Nesta quinta-feira (13), a divisa norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,8002, com queda de 0,15%.



O movimento destoou da tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais como euro e libra, subia 0,27%, aos 103,878 pontos.

O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, os investidores seguiram atentos às negociações em Brasília para a aprovação da Lei Orçamentária (LOA) de 2025, que será votada na próxima semana no Congresso Nacional.

Hoje (13), a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse que a redução de R$ 7,7 bilhões no programa Bolsa Família proposta pelo governo não é um “corte”.

“Isso é só um ajuste, não é um corte, não mexe em nada com os beneficiários. Foi um ajuste que nós tivemos que fazer para ter o espaço fiscal de alguns outros programas, e aí vai recuperando ao longo do ano”, afirmou a ministra depois ter a sua primeira reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Ela ainda afirmou que o projeto de isenção de Imposto de Renda (IR) até R$ 5 mil, anunciada pelo Ministério da Fazenda em novembro do ano passado, vai ser apresentado na próxima semana. 

De acordo com Gleisi, a pasta econômica está finalizando a redação da proposta antes da validação final do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e envio do texto ao Legislativo.

O que deu suporte ao real, porém, foi o desempenho positivo do minério de ferro, com expectativas de aumento da demanda da commodity pela China neste ano e em meio às tarifas de importações impostas pelos Estados Unidos.

Em geral, os países emergentes e exportadores de commodities, como o Brasil, são impactados positivamente através do aumento dos preços das commodities, como o minério de ferro — que fechou em leve alta na Bolsa de Dalian. 

No exterior, novos dados de inflação também movimentaram o dólar hoje. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) ficou estável em fevereiro após subir 0,6% em janeiro e ficou abaixo da alta de 0,3% projetada por economistas de pesquisa da Reuters.

A abertura do PPI sugeriu que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, pode ter espaço para mais cortes de juros, o que pesou sobre o dólar em todo o mundo.

A imposição de tarifas de importação pelo presidente norte-americano, Donald Trump, seguiram no radar.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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