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Dólar tem 2ª queda consecutiva com pacote fiscal e leilão do BC e fecha a R$ 6,07

20 dez 2024, 17:11 - atualizado em 20 dez 2024, 17:14
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O dólar à vista estendeu as perdas com novo leilão do Banco Central no mercado à vista; moeda encerra semana em tom positivo (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O dólar à vista (USDBRL) engatou o segundo dia de baixas ante o real com a aprovação do pacote fiscal e novo leilão no mercado à vista pelo Banco Central.

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Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 6,0721 (-0,84%). Na semana, a divisa avançou 0,68%. 



O desempenho acompanhou a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, caiu aproximadamente 0,74%, aos 107.665 pontos.

O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, o Congresso Nacional concluiu a tramitação do pacote fiscal.

Durante a manhã desta sexta-feira (20), o Senado Federal aprovou o projeto de lei que restringe o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e limita o aumento real do salário mínimo, concluindo a votação de três propostas do ajuste fiscal proposto pelo governo antes do recesso parlamentar.

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Na véspera (19), os senadores aprovaram outras duas matérias do pacote fiscal: uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) reduzindo despesas obrigatórias do Executivo e um projeto de lei complementar com uma trava para a despesa pública. A PEC foi promulgada pelo Congresso Nacional no início da tarde de hoje.

Agora, as medidas devem passar pelo crivo da presidência da República.

Hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o impacto do pacote fiscal deve ser reduzido em cerca de R$ 1 bilhão após mudanças aprovadas no Congresso Nacional, aproximando-se dos R$ 71,9 bilhões de economia nos próximos dois anos.

O Banco Central também realizou um novo leilão. O BC vendeu um total de US$ 3 bilhões à vista — a sétima operação do tipo, em um movimento iniciado na semana passada.

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Desde o dia 12 de dezembro, a autoridade monetária injetou quase US$ 30 bilhões no mercado, incluindo vendas à vista e leilões de linha (dólares com compromisso de recompra), para conter a disparada do dólar sobre o real.

Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não vai interferir no trabalho de Gabriel Galípolo, que assume a presidência do Banco Central em janeiro com o fim do mandato de Roberto Campos Neto.

“Tenho certeza que pela tua qualidade profissional, pela tua experiência de vida e pelo teu compromisso com povo brasileiro, você certamente vai dar uma lição de como se governa o BC com a verdadeira autonomia”, disse Lula dirigindo-se a Galípolo, em vídeo divulgado nas redes sociais. 

No exterior, os investidores reagiram a novos dados norte-americanos.

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O índice de preços (PCE) dos Estados Unidos subiu 0,1% em novembro, segundo divulgado pelo Bureau of Economic Analysis (BEA) nesta sexta-feira (20). Em um ano, o PCE foi a 2,4% e deu mais um passo na direção contraria à meta de 2% perseguida pelo Federal Reserve (Fed).

A variação mensal veio abaixo das projeções do mercado, de 0,2% na comparação mensal e de 2,5% na anual.

Mesmo após os dados, os investidores seguiram com a perspectiva de que os juros devem ficar elevados por mais tempo, mesmo após a inflação de novembro vir mais fraca do que o esperado para o mês.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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