Moedas

Dólar salta mais de 1% às vésperas do 2° turno com temor de contestação das eleições

28 out 2022, 11:43 - atualizado em 28 out 2022, 11:44
Dólar
Às 10:03 (de Brasília), o dólar à vista avançava 1,20%, a 5,3662 reais na venda (Imagem: Pixabay/NikolayFrolochkin)

O dólar avançava mais de 1% em relação ao real nesta sexta-feira, com investidores buscando proteger suas carteiras no último pregão antes do segundo turno das eleições presidenciais, em meio a temores sobre possível contestação do resultado de domingo, embora a moeda tenha reduzido pontualmente seus ganhos na esteira de dados de inflação dos Estados Unidos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Às 10:03 (de Brasília), o dólar à vista avançava 1,20%, a 5,3662 reais na venda. No pico do dia, a divisa norte-americana chegou a saltar 1,52%, a 5,3835 reais.

Na B3, às 10:03 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,61%, a 5,3675 reais.

Esta sessão é a última oportunidade para investidores prepararem suas posições para o segundo turno de 30 de outubro e seus possíveis desdobramentos. Desta forma, “não tem como o tom não ser impactado pelas eleições, ainda mais se o mercado começar a enxergar que tem um risco de contestação do resultado eleitoral”, disse à Reuters Rafael Perez, economista da Suno Research.

Há meses o atual presidente e candidato a um segundo mandato Jair Bolsonaro (PL) vem atacando, sem provas, as urnas eletrônicas, que diz serem passíveis de fraude, e durante a campanha ele e aliados têm insistido na mensagem de que as autoridades eleitorais trabalham contra sua reeleição.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesta semana, alimentando temores sobre possível tentativa de descredibilizar o processo eleitoral e preparar o terreno para contestação do resultado de domingo, a campanha de Bolsonaro foi ao TSE para denunciar, sem provas, uma suposta irregularidade na exibição de inserções em rádios da Bahia e de Pernambuco.

Embora tenha afirmado que o risco de extensão do processo eleitoral para um “terceiro turno” é motivo de preocupação para os mercados financeiros, Perez disse que se trata mais de “burburinho” do que uma ameaça concreta, pelo menos até o momento.

“Acredito que será dificil ter uma contestação de fato, o Brasil tem uma democracia consolidada o suficiente” para contornar ataques à credibilidade das eleições, opinou o economista, acrescentando que, se as eleições transcorrerem tranquilamente, sem contestação, os mercados podem viver momentos de alívio a partir da semana que vem.

O Citi tem visão parecida. Em relatório desta sexta-feira, analistas do banco disseram que, “embora acreditemos que a chance de eleições contestadas não seja tão baixa quanto gostaríamos, as consequências não seriam duradouras e os tribunais eleitorais derrubariam uma possível acusação de Bolsonaro, provavelmente dentro de um mês, em nossa opinião”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Passado esse “ruído”, o foco dos mercados provavelmente mudará para a agenda econômica do próximo presidente, disse o Citi, que vê uma vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como o cenário mais provável.

Mais cedo nesta sexta-feira, o dólar chegou a moderar pontualmente seus ganhos, na esteira de dados de inflação norte-americanos amplamente em linha com o esperado. Na mínima do dia, a divisa subiu 0,52%, a 5,3300 reais na venda.

Segundo Perez, da Suno, os mercados internacionais têm se agarrado a esperanças de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, moderará seu ritmo de aperto monetário a partir de dezembro, em meio a sinais de que a instituição está tendo sucesso em seu esforço para esfriar a economia e domar a inflação mais alta em décadas.

Na véspera, a moeda norte-americana à vista tombou 1,48%, a 5,3026 reais, registrando a maior depreciação percentual diária desde 3 de outubro (-4,03%).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

(Atualizada às 11:43)

Siga o Money Times no Instagram!

Conecte-se com o mercado e tenha acesso a conteúdos exclusivos sobre as notícias que enriquecem seu dia! Todo dia um resumo com o que foi importante no Minuto Money Times, entrevistas, lives e muito mais… Clique aqui e siga agora nosso perfil!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar