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Dólar segue exterior e fecha em leve queda e termina pregão a R$ 5,16

30 jul 2020, 17:15 - atualizado em 30 jul 2020, 17:32
dólar
O dólar à vista caiu 0,26%, a 5,1591 reais na venda (Imagem: REUTERS/Kacper Pempel)

O dólar fechou em leve queda ante o real nesta quinta-feira, seguindo o movimento da moeda norte-americana no exterior, após dados mostrarem tombo histórico na economia dos EUA no segundo trimestre.

O real teve desempenho superior ao de pares emergentes, que mostravam visíveis baixas no fim da tarde. Segundo analistas, fluxos pontuais seguraram a taxa de câmbio nesta sessão, em meio a perspectiva de melhora no ingresso de capital estrangeiro com ofertas de ações e a sinais de retomada da economia a um ritmo mais acelerado que em vários outros mercados emergentes.

O dólar à vista caiu 0,26%, 5,1591 a reais na venda. Ao longo da sessão, a moeda oscilou entre alta de 0,87%, a 5,2171 reais, e queda de 0,54%, a 5,1445 reais.

Na B3 (B3SA3), o dólar futuro recuava 0,40%, a 5,1505 reais, às 17h14.

No exterior, o índice do dólar frente a uma cesta de moedas de países ricos renovou mínimas em dois anos, após queda monumental na atividade econômica dos EUA no segundo trimestre e depois de o presidente do país, Donald Trump, falar em adiamento da data das eleições presidenciais deste ano.

Divisas emergentes, contudo, perdiam valor, com destaque negativo para rand sul-africano (-1,3%) e rublo russo (-0,9%).

A performance superior do real é atribuída a perspectivas de melhora da economia, que seria acompanhada por volta de fluxo de investidores estrangeiros. Um dos caminhos seria via ofertas de ações.

A performance superior do real é atribuída a perspectivas de melhora da economia (Imagem: Pixabay)

Para citar alguns exemplos, a Cosan pode fazer IPO (oferta pública primária de ações) de sua controlada Compass Gás e Energia. E a rede de drogarias Pague Menos pode levantar mais de 1 bilhão de reais em IPO, de acordo com as indicações do prospecto preliminar da oferta publicado na segunda-feira. Essas operações têm potencial de atrair capital estrangeiro.

O gestor Alfredo Menezes, da Armor Capital, chamou atenção para o fato de o Tesouro Nacional ter voltado a ofertar NTN-F em seus leilões de venda. Nesta quinta, o Tesouro vendeu lote integral de 300 mil NTN-F, papel com tradicional demanda de estrangeiros.

“Todo dia de leilão de F (NTN-F) o real tem sido melhor que os pares. Sinal que temos gringo voltando a comprar dívida local longa”, afirmou.

reuters@moneytimes.com.br