Dólar tem melhor semana desde 2024 e desafia resistência em R$ 5,50; veja análise do BTG Pactual

O dólar encerrou a última semana com forte valorização frente ao real, em meio ao aumento da aversão ao risco global e à piora do cenário fiscal doméstico, segundo análise técnica divulgada pelo BTG Pactual nesta terça-feira (14).
A moeda avançou 3,34% na semana, com destaque para a alta de 2,59% na sexta-feira (10) — o movimento mais intenso desde julho de 2024.
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O rali ocorreu após o teste do suporte na média móvel de 200 semanas, em R$ 5,28, e levou o par a superar a média móvel de 50 dias. Na disparada, o ativo voltou a testar a importante resistência de R$ 5,50, patamar que segue próximo no pregão de hoje.
De acordo com os analistas, o comportamento do preço dos próximos dias será decisivo para definir se o movimento foi apenas um falso rompimento ou o início de uma reversão mais duradoura. Apesar da reação, a tendência de médio prazo ainda é de baixa.
A manutenção do preço acima de R$ 5,40 pode reforçar o retorno da pressão compradora, enquanto um aumento de pregões de queda abaixo desse nível recolocaria o viés vendedor em evidência.
Dólar tenta reverter tendência de queda global
No exterior, o Dollar Index (DXY), que mede a força da moeda norte-americana em relação a uma cesta de moedas globais, avançou 1,17% na última semana e se aproximou da importante resistência dos 100,000 pontos.
O BTG aponta que as médias móveis de 21 e 50 dias formaram um cruzamento de alta, sinalizando fortalecimento da ponta compradora após a falha de rompimento da mínima do ano em 96,355.
As resistências mais próximas estão em 100,000 e 101,200 (média móvel de 200 dias), enquanto os suportes aparecem em 98,000 e 96,500.
Na comparação direta com o euro, o dólar também se fortaleceu. A moeda europeia caiu mais de 1,4% em outubro, testando o suporte em 1,1450 e indicando possível reversão de alta para baixa.
Já o iene confirmou reversão de tendência, rompendo 152,00 e sustentando-se acima dos 150,00, que agora atua como suporte.
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