Dólar testa suporte nos R$ 5,40 e DXY pode acionar novo pivô de baixa, diz BTG

O dólar fechou, nesta segunda-feira (2), com uma leve alta de 0,20% frente ao real, mas sem mudar, para os analistas técnicos do BTG Pactual, a tendência de baixa.
Os analistas do banco, Lucas Costa e Gabriela Sporch, enxergam que o avanço foi somente um teste de suporte à tendência de queda, que começou em janeiro.
“No gráfico diário, observamos o cruzamento de queda entre as médias móveis de 21 e 50 dias, indicando a dominância da ponta vendedora. O ativo formou um novo topo mais baixo na região de 5,5100”, fala o time do BTG.
Eles mencionam que a média móvel de 50 dias tem atuado como resistência dinâmica, enquanto o nível de 5,6000 representa a principal resistência de médio prazo.
Além disso, para o banco, o price action tem mostrado a perda de força dos movimentos de alta e maior amplitude nos dias de queda, sinalizando que a pressão compradora “não consegue sustentar os repiques”.
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“A região de 5,4000 é o suporte mais relevante no momento, testado em diferentes ocasiões ao longo de 2024 e 2025. Caso seja perdido, os próximos alvos são 5,2500 e 5,1800”, escrevem.
Para o DXY, índice que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas de países desenvolvidos, os analistas técnicos do BTG também enxergam uma tendência de queda, apesar da alta de 0,13% da última semana.
“No curto prazo, o índice permanece em lateralidade, com repetidas falhas em romper a resistência de 99,000. A cada teste dessa região, observamos aumento da pressão vendedora, o que reforça o viés negativo e limita qualquer tentativa de recuperação mais consistente”, assina a equipe.
Eles explicam que, no gráfico diário, as médias móveis de 21 e 50 dias estão neutras, não sinalizando direção clara no curto prazo. Já o índice de Força Relativa está em 44 pontos, abaixo da média móvel, sinalizando perda de força da ponta compradora.
“O próximo suporte está no fundo mais recente em 97,550. O rompimento desse nível pode levar ao teste da mínima do ano em 96,350, ponto que também coincide com fundo relevante observado em períodos anteriores”, pontua.
Do outro lado, as resistências de alta seguem nos 99,000 e 100,000. O BTG menciona que ambos números seguem sendo obstáculos importantes e só seriam superadas em um cenário de mudança mais significativa de momentum.