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Duas perguntas para o Marfrig (MRFG3) responder para investidores e pecuaristas

29 ago 2022, 14:05 - atualizado em 29 ago 2022, 22:06
Boi Gordo Nelore Pecuária de corte
Marfrig precisará de mais boi em nova fábrica de hambúrguer? (Foto: Ubiratan Lessa Novelino Filho)

Ao anunciar nova fábrica de hambúrgueres no Mato Grosso do Sul, a maior fabricante mundial do preferido do food service poderia responder apenas duas perguntas, entre tantas, que os produtores de boi do estado e até investidores na bolsa estão querendo saber. A Marfrig (MRFG3) vai adicionar mais 24 mil toneladas anuais ao seu mix de 220 mil.

No momento em que há uma forte pressão sobre o animal no Brasil – no MS na casa do R$ 270 – a questão sobre as compras é mais que óbvia para os pecuaristas.

Para os investidores, a margem é importante fator de decisão, quando o ganho projetado versus custos é compensador, estando diretamente ligada à originação – ou não – de mais matéria-prima. Implica ainda no prazo e qualidade da da amortização do investimento (R$ 130 milhões).

A notícia, da sexta, pelo menos não influenciou positivamente as ações, que caem desde o dia 22, e agora, às 14h20, recua 0,77%, a R$ 14,10.

Money Times perguntou e vai atualizar esse texto se e quando o frigorífico responder.

1- A unidade de Bataguassu, perto da divisa paulista, tem capacidade para 1.250 abates diárias, pelo menos nas informações conhecidas, e irá comprar mais bois para atender a demanda requisitada na nova linha de hambúrgueres?

Numa conta básica, considerando o produto padrão, vão cerca de 70% de carne em cada rodela, mais uns 25% de gordura animal e condimentos.

2- Haverá um remanejamento da carne produzida no abatedouro, sem necessidade de aumentar a programação de compra, tirando um pouco da venda ao atacado e varejo da in natura, e a depender do blend?

Basicamente, para hambúrguer de linha comercial popular, vai apenas carne moída de dianteiros, como acém, peito e pescoço. No mais nobre, inclusive de mercado externo, prevalece o blend com cortes traseiros. Ou os diferenciados, como os de picanha.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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